A terceira edição da TRAÇA – Mostra de Filmes de Arquivos Familiares acontece em Outubro e já tem o plano de “viagem” definido.
É um festival de filmes, onde o “filme” é outro. A TRAÇA tem como objectivo mostrar vídeos privados, feitos por pessoas comuns/famílias que «não têm um lugar estabilizado na história do cinema e têm sido descartados pelos arquivos fílmicos».
O objectivo é dar uma nova perspectiva da cidade de Lisboa, com o seu crescimento e mudanças ao longo do tempo, a partir destes arquivos de vídeos (são públicos e estão disponíveis na videoteca do Arquivo Municipal de Lisboa) particulares que podem ser usados por criadores para criar «novos objectos».
Pela primeira vez, a TRAÇA tem uma curadoria
Este ano, o tema da TRAÇA centra-se em dois bairros vizinhos de Lisboa que foram «desenhados para estarem de costas um para o outro»: Marvila e Alvalade. Os filmes deste ano mostram percursos dos moradores entre os bairros e as suas paisagens.
Uma das novidades desta mostra é um programa, que será actualizado «todos os dias» em forma de percurso digital. Ao contrário do que tem acontecido nos outros anos, as projecções não acontecem em locais físicos – vão estar apenas disponíveis online, num mapa interactivo.
Este recurso vai mapear «percursos físicos em Marvila e Alvalade» e «problematizar também noções de deslocação, construção, autoconstrução, ocupação e memória».
Pela primeira vez, a TRAÇA (19 a 25 de Outubro) tem uma curadoria, a cargo de Maria do Mar Fazenda; além da projecção dos filmes, com comentários por parte dos autores e moradores dos bairros, esta mostra conta ainda com a participação dos artistas André Guedes, Carla Filipe, Fernanda Fragateiro, Filipe André Alves e Ramiro Guerreiro. Para já, é possível ver o programa da TRAÇA, aqui.