Lembra-se de, há uns dias, ter visto nas notícias o interesse de Donald Trump na exclusividade do uso de uma vacina contra o SARS-CoV-19? Está a ser desenvolvida na Alemanha e tem uma ligação ao futebol.
Durante o fim-de-semana passado, Donald Trump mostrou interesse público em ter o exclusivo de uma vacina para a COVID-19, mas o que muita gente não sabe é a história por trás deste interesse.
Primeiro, esta vacina não está ser desenvolvida nos EUA; segundo, é propriedade de uma empresa ligada a um presidente de um clube de futebol alemão, o TSG Hoffenheim, da cidade com o mesmo nome, que fica no sul do país.
CureVac está a trabalhar numa vacina desde Janeiro
Dietmar Hopp é do dono da biofarmacêutica CureVac e considerado um dos homens mais odiados do futebol alemão. A razão para isto está no facto de Hopp ser dono de 96% do Hoffenheim, quando há uma regra que diz os clubes têm de deter 50% das acções mais uma. Há apenas outro clube que beneficia deste regime de excepção: o RB Leipzig, que pertence à Red Bull.
Mas, por outro lado, Dietmar Hopp (na foto, em baixo) está na linha da frente do desenvolvimento de uma vacina para a doença provocado pelo SARS-CoV-19, a COVID-19: a CureVac tem em curso uma pesquisa científica, com este objectivo, desde Janeiro.
O trabalho da CureVac pode ser mais uma esperança no combate a nova pandemia, depois de já termos ficado a saber que nos EUA também se estão a fazer esforços nesse sentido. A notícia foi avançada pelo jornal alemão Der Spiegel.
Trump ofereceu mil milhões de euros; Hopp recusou
É precisamente a (ainda teórica) vacina de CureVac que está sob mira de Donald Trump, mas o presidente dos EUA não deverá ter sorte com este seu objectivo: Dietmar Hopp já garantiu que, uma futura vacina, nunca será um exclusivo de alguém ou de um país.
Apesar de Trump te oferecido mil milhões de euros pela vacina da CureVac, quer o ministro da saúde, quer o próprio Hopp, condenaram as intenções do presidente dos EUA: «A vacina é para todo o mundo, qualquer proposta de negócio está fora de hipótese».