A KLM Royal Dutch Airlines anunciou um projecto pioneiro na sua área que consiste em aproveitar as garrafas de plástico vazias dos voos para fazer peças e ferramentas que depois podem ser usadas na manutenção dos aviões.
O combate ao plástico e ao desperdício tem sido uma das grandes tendências de 2019. Existem, pelo menos, dois hotéis em Portugal que anunciaram, este ano, medidas para bloquear o acesso a este tipo recurso.
Nos Stay Hotels passou a haver embalagens de cartão da Earth Water nos buffets de pequeno-almoço e o Iberostar Selection Lagos Algarve acabou com o o plástico descartável nos pratos.
A companhia aérea Emirates também deixou se servir palhinhas a bordo e vai dar o mesmo “tratamento” aos sacos das compras. Agora é outra companhia aérea a começar a luta contra o plástico, desta vez com um objectivo de reciclagem.
Medida de reciclagem permite que a KLM poupe 70% em custos
Segundo a direcção da holandesa KLM, as garrafas de plástico vão ser recicladas dando origem a filamentos para impressão 3D, que serão usados nas impressoras da sua área de Engineering & Maintenance.
Este departamento já usa esta forma de impressão há algum tempo para «acelerar os processos de reparação e manutenção» – um dos exemplos dados com recurso a essa tecnologia é o uso de capas impressas em 3D para fazer a manutenção das pás das turbinas, em vez de fitas protectoras.
A companhia aérea está com trabalhar neste projecto com a empresa de reciclagem Morssinkhof Rymoplast e com o fabricante de filamentos Reflow para transformar «toneladas» de garrafas de plástico, retiradas todos os anos, dos aviões no aeroporto Schiphol (Amesterdão) em filamento que, depois, é usado para fazer peças e ferramentas.
Para a KLM, esta medida também permite poupar nos gastos: o departamento de Engineering & Maintenance usa cerca de 1,5 kg de filamentos de alta qualidade por dia com um custo de sessenta euros/kg; contudo, com a nova técnica de reciclagem, este valor desce para dezassete euros. Com a reciclagem de garrafas de água em plástico, a KLM quer reduzir o volume de seus resíduos em 50% até 2030.