Conquistada ao deserto, a cidade do Dubai é conhecida pelos seus arranha-céus, cada um maior ou mais exuberante que o outro e pelos seus projectos megalómanos, como a ilha em forma de palmeira.
Mas o Dubai é muito mais que isso. É uma mistura da opulência tradicionalmente associada ao capitalismo e ao Ocidente com o misticismo do Oriente.
É o paraíso dos arquitectos e um óptimo destino para as famílias. Um local onde, apesar de se imporem regras relacionadas com a religião árabe, qualquer europeu/ocidental se sente à vontade. Onde a segurança é evidente em todo o lado. Onde é possível deixar o carro destrancado, e a trabalhar e ir beber um café.
Este é o destino ideal para quem gosta de arquitectura (o lema é: cada edifício tem de suplantar os que estão à volta) mas também para quem quer tirar umas férias em família. As crianças são acarinhadas e há inúmeras actividades, a começar pelos vários parques temáticos.
Mas vamos por partes. Há certos detalhes que convém saber antes de se decidir a visitar este destino. O primeiro ponto relaciona-se com as bebidas alcoólicas. Sendo um país árabe estas estão proibidas, com excepção de alguns hotéis internacionais.
Se por acaso conseguir beber, um conselho: não conduza. É que, caso seja apanhado pela polícia, isso pode encurtar as suas férias. A infracção é considerada como grave e pode levar à expulsão do país. Outro ponto a ter em conta tem a ver com as demonstrações de afecto.
Apesar de não ser tão conservador como outras cidades dos Emirados Árabes Unidos (há cidades onde, por exemplo, as idas à piscina têm horários distintos consoante o sexo da pessoa) há limites que não convém ultrapassar.
Beijos e abraços são aceites desde que não sejam considerados em demasia (e realizados com o conjugue). De resto, o Dubai funciona, em termos de comportamento, como uma outra qualquer cidade ocidental. No caso das mulheres (onde, por tradição, há mais questões) estas podem andar tranquilamente na rua sem serem importunadas.
Fora isso, e para transitar na região, é aconselhável alugar uma viatura. Esta não é só a melhor forma de conhecer a cidade, mas também se justifica pelo preço do combustível ser extremamente baixo.
Mas atenção: cumpra escrupulosamente todas as regras de trânsito, já que o Dubai é extremamente vigiado. Se exceder a velocidade permitida, rapidamente recebe uma mensagem a comunicar a infracção, assim como o valor da multa a pagar.
Questões “menores” ultrapassadas, é altura de conhecer uma cidade onde há tanto para ver. Se quer compreender como surgiu o Dubai tem obrigatoriamente de visitar o museu da cidade.
Aqui vai poder ver a evolução de uma área predominantemente rural e tradicional para uma cidade completamente moderna, fruto da descoberta, na década de sessenta, do petróleo. Depois, aproveite e atravesse o Dubai Creek num dos barcos tradicionais e visite três souks imprescindíveis: o das especiarias, o de tecidos e o de ouro.
Com a parte “antiga” vista é altura de conhecer a versão mais recente da cidade e aquela pela qual é conhecida. Há visitas obrigatórias e que proporcionam experiências incríveis.
É o caso, por exemplo, do Burj Al Arab, do terraço de Observação do Burj Khalifa ou do Burj Khalifa, actualmente o edifício mais alto do mundo. A subida a qualquer um dos três (se conseguir visite-os a todos) tem como resultado uma vista de cortar a respiração. Estamos a falar de mais de 800 metros de altura. Em certos dias, uma pessoa fica acima das nuvens.
Depois, passeie pela marina e aprecie o arrojo dos edifícios, todos eles espelhados. O país tem uma cultura muito específica no que concerne à construção. Mal o esqueleto do edifício está concluído este é logo coberto com paredes de vidros, mesmo que tudo o resto ainda esteja por fazer.
Isto acontece porque um projecto que demore muito tempo a concluir não é bem visto pelos emiratis. Além disso o vidro tem a vantagem de permitir uma conclusão mais rápida da obra e de exigir uma menor manutenção.
Ainda dentro da cidade, e na vertente das actividades, não deixe de passar algum tempo na praia, onde a temperatura da água está vários graus acima dos habituais em Portugal. Para os aficionados dos desportos motorizados, do golfe, ou mesmo do pólo, há espaços para todos os gostos.
Quanto às crianças… prepare-se para “perder” horas e horas nos parques temáticos ou a visitar o Aquário e o Zoo subaquático. E não deixe de visitar o deserto, a apenas vinte minutos de distância.
Antes de regressar a casa, reserve um dia para visitar aquele que é o maior centro comercial do mundo, o Dubai Mall. Este não um sítio apenas para poder fazer compras, mas também para tomar contacto com a cultura do país. Diferentes espaços com diferentes decorações e diferentes produtos.
Aproveite a visita e, no final do dia, não deixe de assistir ao espectáculo de luz, água e música na Dubai Fountain. Mas vá com antecedência para assegurar o melhor lugar – apesar de recorrente (realiza-se várias vezes por dia) o espaço enche por completo.
BÓNUS: 7 COISAS QUE NÃO SABIA SOBRE O DUBAI!
O Dubai fica relativamente perto de Lisboa. São apenas 7:40 minutos na ida e 8:40 minutos no regresso num voo directo entre as duas cidades. A melhor altura do ano para aproveitar este destino são os meses de Inverno – os bilhetes a partir de Lisboa, em económica, rondam os 700 euros.
A partir de meio de Outubro as temperaturas tendem a descer para uns agradáveis 30 graus, com tendência a diminuir. Visitar a cidade antes disso é conviver com uns (quase) insuportáveis quarenta e muitos graus.
Um conselho. Se não quiser ter surpresas desagradáveis na factura das telecomunicações sugerimos que desactive o voice mail (se o tiver activado) e que tenha o telemóvel sempre desligado.
Uma boa alternativa é o de ter um equipamento desbloqueado, que permitirá a compra de um cartão SIM – mas prepare-se para abrir a carteira. Não é por nada que o Dubai é considerado o destino com as comunicações mais caras do mundo. Fora isso… desfrute, relaxe e aproveite as férias.