Multi-estilo… peças marcantes… espaços amplos e móveis confortáveis. É desta forma que os portugueses querem ter a sua habitação. Uma visão que contrasta com a realidade.
Centro de Madrid. Uma casa cuja entrada passa despercebida. Mas que, ao passarmos da porta, se revela de espaço amplos e decorados a preceito pela Conforama.
A marca aproveitou o espaço para apresentar um estudo sobre a casa ideal dos portugueses (e dos espanhóis), utilizando os dados para escolher a decoração de cada uma das divisões.
Cores neutras, conjugação de estilos completamente diferentes, mobiliário versátil, peças marcantes… tudo apontamentos que saltam imediatamente à vista.
Na sala, por exemplo, o enorme sofá domina o espaço. E não é por acaso. Esta é a peça preferida dos portugueses, que gostariam de ter um daqueles sofás intermináveis, com chaise lounge e superconfortável, para se poderem estender e descansar. O mesmo se passa com a cama. Uma boa noite de sono faz toda a diferença pelo que as pessoas deveriam ter um maior cuidado na escolha da decoração do seu quarto.
Cores suaves e neutras que potenciem o descanso, móveis que permitam o armazenamento da roupa e assegurem um espaço arrumado, uma cama confortável e ampla e focos de iluminação são os conselhos da Conforama e de Paulo Piteira, decorador de interiores e responsável pela decoração da “casa modelo”, mostrada em Madrid.
Ao contrário do que acontecia noutros anos, em que a tendência era decorar toda uma assoalhada com um único estilo e ter todas as peças a combinar, hoje passa-se exactamente o oposto.
O que se quer é ter diversos estilos. Porque não um sofá conservador ao lado de uma mesa de apoio completamente actual? Ou inclusive ter cadeiras diferentes a rodear uma mesa? O que interessa é que transmitam uma ideia.
Uma noção. Uma sensação. Porque esse é o espirito actual. Ter decorações diferentes, a transmitir ambientes e mensagens distintas, consoante as assoalhadas. E o mesmo acontece com as cores utilizadas. É o chamado multi-estilo.
Esta noção de decoração não nasceu da mente iluminada de alguém na Conforama, mas sim do resultado de um estudo feito junto dos consumidores portugueses e espanhóis.
Há algumas diferenças entre os dois mercados, mas o mais evidente prende-se com a noção de casa ideal, que é totalmente contrariada pela realidade.
A habitação de sonho dos portugueses assenta numa moradia, com muito espaço (mais de 150 metros quadrados), com mais de quatro quartos e localizada na periferia da cidade (em área rural). Em termos de peças propriamente ditas as preferências vão para uma cozinha com ilha, um sofá multifuncional e uma cama king size.
Apesar de atentos aos tons da moda, os portugueses tendem a ser mais moderados na escolha das cores a utilizar na habitação. Os tons escolhidos tendem a ser os neutros, apostando em acessórios para fazer a diferença.
E aqui entra uma outra tendência, a de optar por ter peças marcantes, que se destacam numa decoração mais sóbria e que, por vezes, fazem a ligação entre os vários estilos. Pode ser um espelho, uma estatueta, um quadro, um cadeirão com um formato e cor mais exótico, um candeeiro de pé… aí entra o gosto de cada um.
A montra apresentada em Madrid pela Conforama serviu não apenas para mostrar as novas tendências, mas também para transmitir uma mudança que se está a verificar na empresa.
A marca quer mudar a imagem que tem junto dos consumidores e passar a mensagem de que o seu portfólio tem produtos para todos os estilos, consumidores e que consegue conjugar estilos e alcançar o ideal de cada um.
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