Hoje em dia, a fotografia estรก completamente banalizada pelos MP extraordinรกrios das cรขmaras de smartphones.
Alรฉm disso, se nรฃo gostarmos de como ficou o boneco, basta deslizar o dedo sobre uma sรฉrie de filtros e efeitos ou, mais fรกcil: tocar no รญcone da caixa do lixo.
A Fujifilm nรฃo entra nestas pressas nem na perfeiรงรฃo do digital com a sua sรฉrie Instax Mini 70, claramente uma mรกquina feita ร medida para os saudosistas do analรณgico dos anos oitenta.
Sem ecrรฃ e disco rรญgido, este โbrinquedoโ aposta em cartuchos com papel fotogrรกfico para revelar as fotografias no momento e num viewfinder bรกsico, onde o flash nunca se pode desligar. O resultado nรฃo รฉ para todos os olhos nem para gente com pouca paciรชncia.
As fotos parecem saรญdas de uma festa de anos de 1987 e se o resultado for mau, azar: รฉ um euro deitado ao lixo (cada carga permite tirar dez fotos e tem um peรงo entre os dez e os quinze euros).
Sem ligaรงรฃo Wi-Fi para partilhar fotos on-line e os modos limitam-se a uns toscos de paisagem, macro, flash de preenchimento (fill-in flash), automรกtico ou hi-key (para tons de pele mais luminosos). Hรก ainda botรตes especรญficos para activar o modo de selfie e o de temporizador.
Nรฃo hรก volta a dar: ou se ama ou se odeia a Instax Mini 70, nรฃo hรก meio termo. Paixรตes ร parte, estamos na presenรงa de um gadget demasiado caro, com a agravante de cada foto (6×4,5 cm) ter tambรฉm um custo muito elevado. Uma mรกquina para respirar um pouco entre o sufoco que provocado pelo digital, o que tambรฉm รฉ importante nos tempos que correm.