Attiko: jantámos no restaurante que tem (provavelmente) o melhor hambúrguer de wagyu de Lisboa

Como estamos a falar de um 12.º andar numa das principais artérias de Lisboa, era de esperar que a vista fosse bastante generosa. E é.

©TRENDY Report | Attiko
©TRENDY Report

É um dos mais recentes restaurantes a abrir em Lisboa: o Attiko tem uma cozinha onde a gastronomia japonesa se abre ao mundo, com várias propostas exclusivas e que fazem a diferença.

Restaurantes em rooftops são coisa que não falta na capital e este é um clube que acaba de receber um “sócio” de peso. O também recente hotel ME Lisbon by Meliá, junto ao Marquês de Pombal (no cruzamento entre a Fontes Pereira de Melo e a António Augusto de Aguiar), tornou-se a terceira casa, a nível internacional, do Attiko, além do Dubai e de Bodrum (Turquia).

Como estamos a falar de um 12.º andar numa das principais artérias de Lisboa, era de esperar que a vista fosse bastante generosa. E é: da sala do Attiko podemos ver o Tejo, o Castelo de S. Jorge, o Terreiro do Paço, o Cristo Rei, o Parque Eduardo VII e o Miradouro da Graça.

©TRENDY Report | Attiko
©TRENDY Report

Não é difícil perceber que este é um dos melhores panoramas de Lisboa, em paralelo com os do rooftop do Mundial e do Seen. No que à decoração diz respeito, o resultado é um restaurante e bar rooftop com um ambiente de média luz, pontuado por focos em cada mesa e uma decoração que remete para o Médio Oriente, embora com uma sobriedade ocidental. O aspecto é algo que anda entre o industrial-chic e os tons quentes e europeus do mobiliário.

Com uma sala para mais de sessenta pessoas, o Attiko tem ainda um interessante balcão com vista para o grelhador japonês robata, onde também é possível ver os chefs a preparar peças de sushi. Aqui, o responsável é o andaluz Miguel Ángel Relova.

Gastronomicamente falando, temos um conceito «dinâmico e contemporâneo, inspirado na energia vibrante da Ásia». A carta destaca-se pela «combinação de pratos de partilha, ingredientes premium e técnicas japonesas de excelência». O chef lembra que a «maioria da carta» se inspira no País do Sol Nascente, mas que há «influências de ingredientes e sabores locais».

©TRENDY Report | Attiko
©TRENDY Report

Como acontece com cada Attiko, a carta tem alguns pratos que só podemos encontrar nas respectivas localizações. Em Lisboa, entre as especialidades exclusivas, temos o Bacalhau Negro do Alasca (48 euros – com yuzu, gengibre e picles de pepino), as ostras da Ria Formosa (seis, por 24,50 euros) e o esturjão do Atlântico (em nigiri fumado: duas peças a 29 euros).

Aliás, e podemos já começar por aqui, uma das melhores peças que comemos durante o jantar de apresentação do Attiko foi mesmo o Nigiri de Esturjão Fumado, incluído no slider Moriawase. Aqui temos ainda uma peça de O-Toro (barriga de atum) e Ebi (camarão azul); contudo, a opção do menu para o público tem sete peças e é sempre feita com ingredientes sazonais (fica por 35 euros).

Mas, num jantar de degustação que inclui doze pratos, o grande destaque é mesmo aquele que se vai tornar o bestseller do Attiko, como sublinhou Teresa Terenas Fonseca, marketing manager do restaurante: o mini-hambúrguer de Wagyu, em pão brioche, com aioli de trufa e cogumelos crocantes.

©TRENDY Report | Attiko
©TRENDY Report

Apresentado como o «melhor hambúrguer de Lisboa» pela mesma responsável — uma ideia reforçada pelo chef — (em formato slider, com duas peças, por 14,50 euros), este será mesmo um prato que está à altura desta distinção: a carne, suculenta, no ponto, derrete-se na boca. O contraste com o pão brioche doce e o sabor da trufa levam este prato a um nível que não temos visto noutras opções semelhantes em Lisboa.

De resto, entre os outros pratos que nos ficaram na memória, destacamos os Tacos de Milho Doce com abacate, gel de yuzu e cebola roxa (11,5 euros — uma boa opção para começar a refeição, acompanhados de uma cerveja), as Costeletas de Borrego Grelhadas na robata (35 euros — um desafio para amantes de picante) e a Merluza Negra com Miso Branco (45 euros — com o esturjão, outro peixe apresentado de forma surpreendente pelo chef).

©TRENDY Report | Attiko
©TRENDY Report

Neste momento, o Attiko está apenas aberto ao jantar; de quinta a sábado, a sala é inundada pelo som de DJ sets, pelo que pode não ser o destino para quem gosta de tranquilidade à mesa. No futuro, o restaurante irá abrir ao almoço, mas ainda não há uma data confirmada. As reservas podem ser feitas pelo 963 729 885.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].