A Casa’Amaro organizou uma press trip ao seu enoturismo de Alenquer para mostrar os seus novos projectos e uma dupla de tintos, os Implante.
Vinhos verdes, Douro, Alentejo, Dão e Lisboa: são cinco as regiões onde a Casa’Amaro tem produção vínica, a que se junta o objectivo de ter uma presença consolidada de enoturismo. Para já, a oferta de alojamento está concentrada em Alenquer, onde a produtora também deu os seus primeiros passos neste “mundo”.
A vinha de Lisboa fica na aldeia Galega da Merceana, onde também está a Casa’Amaro Wine Villa, um boutique hotel com restaurante: «Há dez anos, Paulo Amado [CEO] descobriu este espaço, uma antiga adega em ruínas, plantou vinho em produção biológica e criou um enoturismo em forma de tubo de ensaio», contou Rui Costa, director-geral da empresa.
Com três quartos que recebem nomes de castas autóctones (Arinto, Bastardo e Sercial) e um restaurante, este foi um projecto da responsabilidade da Central Arquitectos, com «foco na arte e na sustentabilidade», onde salta a vista a decoração dominada por elementos vintage e peças de artistas locais.
A Casa’Amaro Wine Villa é «forrada a cortiça e tem painéis solares para microgeração de energia», sublinhou Rui Costa, seguindo dois conceitos diferentes de reservas, ao longo do ano: «De Abril a Outubro, alugamos na totalidade, já que além dos quartos há um bar com cozinha. Pode haver, inclusive, um chef a preparar refeições para os hóspedes». Depois, na época baixa, podem ser marcadas estadas individuais, com preços por noite a rondar os 250 euros.
E este “tubo de ensaio” correu bem, aparentemente. A produtora prepara-se para alargar o enoturismo com alojamento a Estremoz, com os mesmos três pilares de Alenquer: «Arquitectura, design e arte». Até final do ano, abre uma Cas’Amaro no Alentejo (Herdade Monte do Castelete) com vinte quartos, numa área de 70 hectares – o investimento foi de «1,5 milhões de euros».
Para Rui Costa, esta será uma oferta «diferenciadora» para Estremoz e que, «numa primeira fase, vai ter apenas alojamento», avançando depois para um restaurante. No roadmap da Cas’Amaro está ainda outra região, a dos Vinhos Verdes: em Marco de Canavezes (Amarante) vai ser recuperado um solar, que terá «oito suites de luxo».
Além da apresentação dos projectos de enoturismo, houve outro pretexto para visitar a Cas’Amaro: a abordagem à produção de vinhos, com a apresentação de dois tintos biológicos e alentejanos, de Estremoz. A ideia passa por, no futuro, criar vinhos «mais amigos da saúde», com baixo teor alcoólico, abaixo dos 12%».
Este não é, contudo, o ADN das novidades que a Cas’Amaro aproveitou para mostrar em Alenquer, os vinhos biológicos Implante, com 13% de teor alcoólico; ainda assim, estes «não são os vinhos alentejanos mais tradicionais», que costumam subir aos 14/14,5%. Rui Costa prometeu ainda, para breve, um «branco do Alentejo».
Os Implante (cujo rótulo foi criado pelo artista plástico João Pombeiro) chegam ao mercado com colheitas de 2022 (Aragonês, Castelão e Trincadeira e produção de 6600 garrafas, por 10,30 euros) e 2023 (Tinta Caiada, 4000 garrafas, 11,60 euros). O primeiro tem uma «cor rubi intensa, aroma de frutos vermelhos maduros e notas de caramelo»; já o segundo, destaca-se pelos «aromas de frutos do bosque, com taninos redondos e suaves».