Astra GS: conduzimos a “bala” prateada da Opel que transpira competência alemã

Ao longo de mais de trinta anos, o Astra já passou por seis gerações e, agora, recebe a crónica versão eléctrica, algo que a Opel também já fez com outros modelos, com o Corsa à cabeça.

©TRENDY Report | Opel Astra
©TRENDY Report

A versão eléctrica do Astra é, como seria de esperar, um automóvel ágil e sólido, onde se nota claramente a competência alemã, da condução ao infoentretenimento.

Assumimos que o modelo da marca alemã que nos diz mais é o Corsa, talvez um dos utilitários mais reconhecidos de sempre e que até tem direito a um easter egg neste GS: é dele, um dos avatares que pode ser associado a um perfil de condução. Mas o Astra hatchback, produzido entre 91 e 98, assim como o Kadett, também tem um lugar no “panteão” dos automóveis mais emblemáticos das décadas de oitenta e noventa.

Ao longo de mais de trinta anos, o Astra já passou por seis gerações e, agora, recebe a crónica versão eléctrica, algo que a Opel também já fez com outros modelos, com o Corsa à cabeça. Sempre que entramos num automóvel alemão, há duas coisas certas: competência e solidez – e foram estes mesmos adjectivos que nos vieram à cabeça, com este modelo.

Logo que entramos, vemos um habitáculo dominado pelos ecrãs dispostos num formato nave espacial, com o de infoentretenimento ligeiramente virado para o condutor, no seguimento do principal. A competência está personificada na forma simples e intuitiva com que estão organizadas as indicações no painel de instrumentos e os menus/gráficos do outro.

©TRENDY Report | Opel Astra
©TRENDY Report

No de instrumentos, a informação é sempre mostrada de forma muito clara, com o mostrador ‘Power Eco Charge’ à esquerda e a autonomia, em percentagem/quilómetros, à direita. A meio, o gráfico por defeito é o de um automóvel estilizado que mostra a relação entre a potência disponibilizada para as rodas ou a carga feita pelas desacelerações e travagens – tudo simples e fácil de perceber.

Para mudar entre os menus (com animações) de mapas, consumos e distância para o carro da frente usamos o botão que está na manete das luzes e não um controlo do volante: aqui, temos apenas os botões do cruise control/auto-pilot (à esquerda) e os de música/chamada (à direita). Nada a dizer sobre esta escolha de comandos, tudo está onde devia estar e poucos minutos depois de nos sentarmos ao volante, já dominamos todas estas funcionalidades.

Como botões físicos na consola central, há um bom leque de opções, alguns deles certeiros. Temos os de ar e AC (nove), os de aquecimento dos bancos e volante, o de voltar ao ecrã principal (‘Home’) e o mais útil de todos: o que dá acesso directo ao menu que permite desligar os avisos de velocidade excessiva e de assistente de manutenção de faixa.

©TRENDY Report | Opel Astra
©TRENDY Report

A Opel não esconde, e bem, estas opções debaixo de menus, como acontece com outras marcas e oferece um acesso directo. É fácil perceber que quem fez este carro foram engenheiro alemães, mais preocupados com a funcionalidade dos instrumentos que com qualquer outra coisa – e isto dá muitos pontos ao Astra GS.

Ainda pelo habitáculo, gostávamos que a cor da iluminação interior fosse mais notada: uma vez que apenas está numa faixa na porta, acaba por ser muito discreta e não dá o ambiente esperado. Por outro lado, o conforto e o design dos bancos é assinalável, com estofos em pele e alcântara, que se alarga às portas.

Relativamente à arrumação, é muito diversificada – a meio, temos um pequeno compartimento abaixo das saídas de ar, para colocar óculos, por exemplo. Logo por baixo, num compartimento muito espaçoso, temos uma base de carregamento por indução, ligação 12V (isqueiro) e duas portas USB-C. A meio, há suportes para copos/garrafas, um espaço mais pequeno para moedas e o clássico “cofre” sob o apoio de braços.

©TRENDY Report | Opel Astra
©TRENDY Report

Na zona central estão também a alavanca para seleccionar a marcha, mas só para ‘R’, ‘N’, ‘D’, já que o ‘P’ é um botão, assim como o ‘B’. O modo de condução (‘Eco’, ‘Normal’ e ‘Sport’) também está aqui, mas podia ser mais compacto. Como acontece no volante, tudo é bastante intuitivo e surge no lugar certo, embora um ou outro ajuste aumentassem ainda mais a qualidade da experiência.

O Opel Astra GS eléctrico tem uma potência de 115 kW, velocidade máxima de 170 km/h e uma autonomia combinada de 418 quilómetros (a Opel diz que, em cidade, pode chegar aos 534 km). A versão que ensaiámos tinha um preço de 47 620 euros, com extras no valor de 3150 euros. Infelizmente, a marca não disponibiliza test-drives para o Astra GS, apenas para os modelos a combustão Edition e ST Edition de 1.2T e 130 cv.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].