Instax Wide 400: experimentámos a máquina fotográfica da Fujifilm que tira fotos “largas”

Apesar de, no geral, ter os resultados esperados, com fotos estilo anos 80/90, de cores saturadas e com áreas queimadas, está máquina é tudo menos portátil.

©TRENDY Report - Instax 400 Wide
©TRENDY Report

Dez anos depois da Wide 300, chega uma nova máquina fotográfica instantânea da Fujifilm, com a marca Instax.

Como é habitual neste tipo de modelos, há nada de digital à vista: tudo acontece como se estivéssemos nos anos 80/90. Por isso, é esquecer os ecrãs tácteis para ver o preview das imagens e as ligações ao computador, quer físicas, quer wireless.

Na verdade, estas Instax acabam por ser mais um brinquedo, um acessório para usar em momentos de festa e descontracção, que para o dia-a-dia, uma vez que a sua utilidade é bastante discutível no que respeita à produção fotográfica.

Isto não quer dizer, contudo, que a Instax Wide 400 (129 euros) seja um gadget de fugir – aquilo que faz, faz bem e, tal como aconteceu com o leitor de cassetes da We Are Rewind, que testámos na edição 342, há um certo apelo retro que insiste em cativar muitos fãs de tecnologia.

Uma vez que tem ‘Wide’ no nome, as fotografias não são, como nas máquinas estilo Polaroid, quadradas. As que saem desta Wide 400 são retangulares, com 11 x 8,6 cm, embora a área ocupada realmente pela foto seja mais pequena: 10 x 6,3 cm.

Apesar de ser divertida de usar, o sorriso sai da cara assim que vemos o preço de uma recarga com dez fotografias – cerca de quinze euros – o que faz com que de tirar uma fotografia tenha de ser um acto bem pensado e com alguma reza à mistura.

©TRENDY Report - Instax 400 Wide
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Uma vez que apenas temos um viewfinder analógico, há sempre o risco de a foto ter alguma imperfeição, sair desfocada ou com qualquer outro problema – ou seja, será como deitar 1,50 euros ao lixo.

Em termos de operação, a Instax Wide 400 liga-se ao rodar o anel da objectiva, regulando-o para duas distâncias focais: uma para captar objectos perto (0.9 – 03 m) e outra para paisagens (3.0 m – infinito).

Achámos, contudo, este sistema muito “duro” e complicado de usar: aqui, pedia-se mais suavidade de operação, mesmo sabendo que estamos a “movimentar” um sistema puramente analógico.Depois, e como o foco é fixo, basta olhar pelo viewfinder, para ter uma ideia do enquadramento, e disparar.

Dois pormenores de que gostámos, e achámos muito inteligentes, são o selector de tempo para usar a máquina em mãos livres (em que cada LED representa um segundo de espera) e um acessório com dois cubos de tamanhos diferentes que serve para colocar por baixo desta Instax, do lado direito, para a inclinar a máquina para cima e facilitar a captação de fotos sem termos de a estar a segurar.

Apesar de, no geral, ter os resultados esperados, com fotos estilo anos 80/90, de cores saturadas e com áreas queimadas (não é possível controlar a exposição, como é óbvio), está máquina é tudo menos portátil: as dimensões são exageradas, assim como o peso (quase 700 gramas, já com quatro pilhas AA). Levá-la em viagem com os amigos pode, assim, não ser muito prático.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].