A Famel anunciou hoje, em Lisboa, uma ronda de investimento com o «objetivo de revitalizar a marca» e produzir (finalmente) uma versão eléctrica da XF-17.
Foram algo confusos, os últimos anos da Famel. A marca chegou a anunciar o lançamento das novas motas para Maio de 2023, mas a verdade é que a produção comercial nunca avançou. Contudo, no site, ainda é possível configurar uma E-XF, a recriação da histórica XF-17, e dar um sinal de 600 euros.
Mas, para já, ainda não há uma data concreta para a Famel voltar à estrada. Certa é a entrada em cena de uma ronda de investimento que já garantiu à marca 2,45 milhões de euros com origem no Fundo Novus (Magnify Capital Partners) e no Banco Português de Fomento. Nos próximos tempos, haverá ainda o «investimento de entidades privadas», eplo que este valor vai subir.
Joel Sousa, CEO & Re-Founder da marca, disse hoje, em conferência de imprensa, que só depois de finalizada esta ronda é que a empresa «estará em condições de acelerar o plano estratégico de revitalizar a marca».
O objectivo seguinte é ambicioso: a Famel quer «posicionar-se fortemente no mercado de veículos elétricos de duas rodas» e alinhar-se com o «actual contexto da crescente procura por soluções de mobilidade ecológica».
Para já, o único modelo previsto para produção continua a ser a E-XF: se não houver mudanças em relação ao que está no site (que não é actualizado há dois anos), haverá versões equivalentes a 50 e 150 cc, com autonomias entre 70 e 120 km.
De acordo com Joel Sousa, a mota «vai incorporar componentes maioritariamente europeus» dos quais «50% serão feitos em Portugal». Sem avançar com datas, a marca diz que a produção será em Anadia, com o objectivo de «tirar partido da enorme capacidade industrial instalada na região, conhecida por ser o maior produtor de bicicletas da Europa».