A história automóvel em Portugal conta-se em poucas páginas, com a UMM e a Sado a ocuparem os principais títulos – mas, desta vez, vem aí um supercarro inspirado nos Lusíadas.
O Adamastor, o próximo super-automóvel nacional, está a ser desenvolvido no Porto e deve chegar às estradas até Abril de 2024. A marca é a mesmas que já tinha desenvolvido o P003RL, em 2018.Para já, os dados oficiais deste veículo são escassos, mas já se sabe o chassis será feito em carbono.
Depois, as versões serão feitas para estrada, mas com homologadas para competição; segundo o CEO da Adamastor, Ricardo Quintas, este será ainda um automóvel focado no público além-fronteiras: «Todo o nosso plano de negócios está focado no mercado internacional. Estamos convencidos de que os nossos clientes vão ser, nos primeiros anos, 100% estrangeiros».
Segundo o responsável, o primeiro Adamastor foi concluído em Junho, mas a equipa desmontou-o, voltou a «analisar tudo» e criou uma «nova unidade». O objectivo, ainda este ano, é levar o supercarro a fazer testes de posta, assumiu Ricardo Quintas em entrevista à revista businessIT, que pode ler na edição que chega às bancas esta semana.
Uma das metas do Adamastor é participar em provas automobilísticas, com Le Mans à cabeça, o que ainda não deve acontecer em 2024, e tornar-se uma «referência mundial»; Ricardo Quintas quer que a sua marca seja uma «Ferrari portuguesa» e que o automóvel se torne uma «raridade, uma peça de luxo, de colecção e não apenas um carro».
O Adamastor está, neste momento, a ser construído numa fábrica da zona da Perafita, no Porto, um empreendimento com capacidades a nível de «maquinagem CNC, de produção de peças em materiais compósitos e da mais recente tecnologia de impressão 3D».
Este supercarro português tem ainda um método de «produção artesanal», que assenta no «princípio ‘assembly bay’». Aqui, há uma «equipa técnica altamente especializada integralmente responsável por todo o processo de concepção de cada veículo». Para Ricardo Quintas, esta é uma forma de dar uma «maior ligação emocional entre a vertente humana e material».