O director do Teatro Nacional D. Maria II é o autor de uma adaptação da peça de Gil Vicente, que sucede a Pais & Filhos e Casa Portuguesa.
A viver a sua Odisseia Nacional devido às obras no edifício de Lisboa, o Teatro Nacional D. Maria II vai ter uma nova estreia em Outubro em modo itinerante. A peça é a conclusão da trilogia de Pedro Penim dedicada à família.
Depois de Pais & Filhos (2021) e Casa Portuguesa (2022), chega A Farsa de Inês Pereira, um original de Gil Vicente, agora adaptado pelo director do D. Maria II, num ano em que se comemoram «quinhentos anos sobre a primeira apresentação» desta comédia, lembra Pedro Penim.
Aqui, a história original, onde se contam as «desventuras de uma mulher da classe média portuguesa do século XVI, que desafia o poder familiar e a mentalidade medieval que dominava a sociedade quinhentista», é adaptada por Pedro Penim à actualidade.
O resultado é um «olhar cáustico sobre alguns alicerces da sociedade contemporânea, nomeadamente o trabalho, a sexualidade e a célula familiar», explica Pedro Penim. No elenco estão Ana Tang, Bernardo de Lacerda, David Costa, Hugo van der Ding, João Abreu, Rita Blanco e Sandro Feliciano – grande parte destes actores já tinha participado em Pais & Filhos.
A Farsa de Inês Pereira começa por ter uma antestreia no Centro Cultural Olga Cadaval (Sintra – a entrada é grátis), a 13 de Outubro; segue-se o Teatro Municipal Garcia de Resende (Évora), nos dias 20 e 21 de Outubro.
Esta peça entra, depois, em digressão pelo País: Portalegre (CAE) e Setúbal (Fórum Luísa Todi) recebem A Farsa de Inês Pereira a 4 e 11 de Novembro, com mais cidades no “mapa” em 2024, em «datas a anunciar».
