Uma das apps mais usadas por crianças e adolescentes lançou um novo tipo de bloqueio que promove um uso mais regrado.
«A partir das próximas semanas, as contas de utilizadores com menos de dezoito anos poderão contar com um limite automaticamente definido de utilização diária de sessenta minutos». Esta é a reposta do TikTok ao uso desregrado da sua própria app.
Esta decisão da ByteDance (dona do TikTok) surge na sequência da análise aos resultados de uma «investigação académica recente e informações dos peritos do Digital Wellness Lab, do Boston Children’s Hospital».
Apesar de o TikTok assumir que não há «um consenso sobre quanto tempo é considerado “demasiado” ou, até mesmo, do impacto do tempo de ecrã de uma forma mais ampla», os responsáveis pela app reconhecem que os «adolescentes tendencialmente necessitam de algum apoio-extra quando começam a explorar o mundo online de forma independente».
Este “apoio-extra” aparece agora sob forma de um bloqueio da app: menores de dezoito anos passam a ter um limite automático de uma hora. Contudo, será possível continuar a ver vídeos além desse período de tempo: para isso, será preciso inserir um código, o que leva a que crianças e adolescentes tenham uma «decisão activa» neste processo.
O código pode ser conseguido de duas formas: se um dos pais tiver configurado limites da área de controlos parentais, o utilizador tem de lhe pedir essa validação para continuar a ver vídeos; se esta opção tiver sido ligada, o adolescente/criança pode pedir o código para si próprio, o que acaba por ser contraproducente.
Com esta nova limitação, vêm mais ferramentas de Acompanhamento Familiar, ou seja, onde os pais podem definir regras de utilização: limites diários de tempo de ecrã personalizados, painel de controlo da hora do ecrã (onde se pode ver o «número de vezes que o TikTok foi aberto e uma discriminação do tempo total gasto durante o dia e a noite») e as notificações silenciosas, definidas por idade.
Nas últimas semanas, o TikTok tem estado na agenda mediática devido às imposições da Casa Branca e do Parlamento Europeu, que obrigaram os seus membros e funcionários a desinstalar a app, devido a falhas de segurança.