A app DreamLab foi criada para ajudar a investigação de tratamentos do cancro, mas agora a Vodafone reprogramou o algoritmo para que passe a ser útil contra a COVID-19.
Qualquer um de nós já pode ter um pequeno papel na investigação do novo Coronavírus e contribuir com o poder de processamento do smartphone para ajudar os cientistas do Imperial College de Londres.
Basta ter instalada a app DreamLab (que até foi criada há três anos para ajudar na investigação contra o cancro) no smartphone e deixá-la a correr durante a noite. Este será um momento em que não estamos a usar o smartphone, o que facilitará a tarefa.
Como usar a app DreamLab para ajudar na luta contra a COVID-19
A app está disponível para iOS ou Android (um ícone roxo, com uma nuvem branca). Quando abrir a DreamLab, tem de entrar no menu ‘Projetos’, encontrar o cartão ‘Corona-AI 1ª Fase’ e tocar em ‘Selecionar’. De volta ao ecrã principal da app, em ‘Laboratório’, toque em ‘Ativar DremLab’
Para que a app faça o seu trabalho não pode, contudo, desligar o ecrã ou fechar a app, para a deixar a corre em segundo plano – não será, por isso, prático que o faça durante o dia, daí a sugestão da Vodafone em optar pela noite, enquanto dorme.
O que a app DreamLab faz (depois de ter sido «desenvolvida pela Fundação Vodafone Austrália, há três anos, para facilitar a investigação contra o cancro») é usar inteligência artificial e o processamento dos smartphones para acelerar a investigação.
Cem mil smartphones demoram dois meses a completar uma fase
Desta forma, a aplicação cria uma espécie de «supercomputador virtual com capacidade para analisar milhões de dados», explica a Vodafone, que dá um exemplo de como é que os smartphones podem ajudar.
«Enquanto que um computador ligado 24 horas por dia levaria décadas a processar estes dados, uma rede de cem mil smartphones, com a aplicação activa durante a noite, consegue fazer o mesmo trabalho em apenas dois meses».
Na primeira fase de investigação do novo Coronavírus, são precisos mais de cem milhões de cálculos – para já, estão apenas completados cerca de 400 mil e cerca de 93 mil smartphones activos para esta investigação.