Um foi criado pelo CEiiA e o outro é o resultado de uma parceria entre duas universidades, o INESC TEC e a FEUP. Os hospitais portugueses devem receber em breve os ventiladores 100% nacionais Atena e Pneuma.
Tem sido notórios os esforços de várias entidades portuguesas e internacionais para desenvolver soluções que possam ajudar os hospitais a tratar doentes com COVID-19 e a tentar travar o surto do novo Coronavírus SARS-CoV-19.
Desde a impressão de elementos para fazer viseiras e máscaras à produção de gel desinfectante, assim como os vários projectos tecnológicos saídos da plataforma tech4COVID19, são várias as iniciativas nacionais que têm visto a luz do dias nas últimas semanas.
Atena está em fase de testes com humanos e animais
Mas, talvez, duas das mais importantes sejam mesmo os projectos de ventiladores do CEiiA e do grupo de trabalho que juntou o Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC) e a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP).
Dos dois, é o do CEiiA que está mais avançado. O Atena já entrou em fase de testes (em animais e humanos) em dois sítios: na Escola de Medicina da Universidade do Minho e no Centro Clínico Académico de Braga. Pode ler mais sobre o projecto do Atena aqui.
As primeiras unidades do Pneuma entregues à ARS Norte
Já o Pneuma (na foto, em cima) destaca-se por ser um ventilador de «baixo custo e fácil montagem», com um «balão autoinsuflável». Segundo as duas universidades, o objectivo deste modelo «alternativo» é o de «possibilitar a libertação dos ventiladores convencionais para casos mais graves».
O Pneuma deverá, assim, ser usado nos doentes que estejam em «hospitais de segunda e terceira linha» a aguardar «transferência para hospitais centrais». Baseado num trabalho original da Universidade de Rice (EUA), este ventilador teve grande parte dos componentes a ser feita com impressão 3D e as primeiras unidades serão entregues à Autoridade Regional de Saúde Norte.