A EPAL, a empresa responsável pelo abastecimento de água à cidade de Lisboa, anunciou hoje que tem como objectivo, até 2025, tornar-se o «primeiro operador mundial do sector da água energeticamente neutro».
O objectivo é ambicioso, mas é mesmo para ser cumprido: a EPAL quer tornar-se neutra em carbono no espaço de cinco anos e garante que será a primeira empresa do género a conseguir isso.
Para chegar lá, a EPAL criou um equipa de trabalho própria e vai ter a ajuda de quatro organismos de referência na área de engenharia e energia. Os parceiros desta iniciativa (Projeto 0% Energia) são o INESCTEC, o IST, o INEGI e a empresa de certificação TUV.
EPAL quer evitar a emissão de 38 mil toneladas de CO2
Alcançar a «neutralidade de emissões» vai obrigar a EPAL a produzir a sua própria energia a partir de fontes renováveis. O projecto vai envolver a «instalação de centrais de produção de energia hidroelétrica nas condutas de água» da empresa, assim como de «eólica e fotovoltaica».
Segundo a EPAL, este objectivo é para cumprir até 2025, o ano em que a empresa quer ser «o primeiro operador mundial autossustentável do sector da água», o que vai resultar na «eliminação 38 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono». Esta é ainda uma estratégia «alinhada com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável nas Nações Unidas e o Roteiro Nacional de Baixo Carbono 2050».
Actualmente, e de acordo com dados da EPAL, o sector das águas é responsável por um consumo de energia eléctrica «superior a 1000 GWh/ano», valor este que corresponde a «mais de 2% do consumo total de energia eléctrica do País». Em concreto, o Grupo Águas de Portugal gasta «cerca de 700 GWh/ano, dos quais 140 GWh/ano são consumidos na EPAL», o que representa «cerca de 0,3% do consumo nacional de energia eléctrica».