SIBS começa a produzir cartões bancários biodegradáveis em PVC… com sal incluído

Bio PVC Sibs
Bio PVC Sibs

A entidade responsável pela produção e emissão de vários cartões bancários ou para outros fins, passa a ter uma opção ao plástico tradicional: bio PVC onde o sal é um dos ingredientes.

A luta contra a utilização do plástico tradicional acaba de chegar à banca nacional. Depois de várias entidades bancárias já terem opções como o metal (por exemplo, o novo Apple Card é assim, em parceria com a Goldman Sachs, tal como os cartões premium da Revolut e N26), chega agora o PVC biodegradável, a Portugal.

Isto acontece pela mão da Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) que é responsável pela emissão de cartões para vários sectores, além da banca, onde cabe o desporto ou a hotelaria.

Esta empresa permite agora que os seus clientes (como os bancos, por exemplo), possam encomendar cartões de débito ou crédito em ser em plástico convencional.

Segundo Gonçalo Campos Alves, director da unidade de produção e personalização de cartões da SIBS, a biodegradabilidade do cartão é conseguida «através do sal que se encontra na composição do mesmo e que actua como um aditivo pró-degradante»

Assim, estes cartões feitos pela SIBS começam a degradar-se de forma natural quando expostos «a um ambiente fértil». Entrando em dados mais técnicos, a biodegradabilidade do PVC foi testada de «acordo com o método D5511 da ASTM, que determina a biodegradação anaeróbica de materiais plásticos», explica o mesmo responsável.

Para já, a SIBS confirma apenas que os cartões biodegradáveis em PVC já podem ser pedidos pelas entidades das quais é fornecedoras, como por exemplo hotelaria, desporto e banca.

Contudo, a empresa não deu mais detalhes sobre que instituições e empresas, em concreto, é que já podem apresentar esta alternativa aos clientes: «As identidades das empresas não são públicas», disse a SIBS ao TRENDY, mas garantiu que houve já «clientes de diversos sectores» que a seleccionaram.

Uma coisa é certa: quem quiser este cartão em bio PVC vai pagar mais, uma vez que a SIBS diz que a sua produção tem maiores custos: «Actualmente, estes cartões têm um custo residualmente mais elevado que o tradicional cartão». A empresa lembra, contudo, que quanto mais pedidos tiver para esta alternativa, mais barata tende a ser: «A produção de cartões é um negócio de escala, pelo que o crescimento de encomendas permitirá melhorar os custos unitários».


Artigo actualizado às 12:38 de 11 de Setembro com as respostas da SIBS às questões do TRENDY.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].