Review: Fossil Q Nate Hybrid Watch

Não é totalmente digital e tem um aspecto maioritariamente analógico. Assim é o novo relógio híbrido da Fossil.

Depois da minha compra (falhada) do Apple Watch em 2015, nunca mais usei qualquer equipamento deste tipo por uma única razão: não me traz qualquer vantagem.

Depois passei a usar um relógio comum, mas pouco tempo depois estava também ele na gaveta. O culpado é o smartphone: basta tirar do bolso e ver a horas.

A Fossil tenta piscar o olho a utilizadores que não gostem de usar Apple Watches e afins e que caem de amores por um relógio analógico. Só que, nestas versões, a marca junta-lhes ligação ao smartphone para dar alertas de chamadas, contar passos, analisar sono e até controlar o smartphone à distância – tudo programado a partir da app Fossil Q.

O problema é o seguinte: nada é intuitivo neste relógio e o grau de tecnologia aplicada não chega para conquistar um fã de dispositivos conectados.

Por exemplo, pode definir que os ponteiros se juntem os dois numa determinada hora quando recebe um telefone de uma pessoa: às três, da mulher, às quatro, da filha, às cinco do patrão, às sete do amigo do golfe, às seis… e por aí fora.

Este é um daqueles casos em que as complicações deviam ficar dentro da caixa e não fora do relógio. Além disso, estamos a falar de um modelo bastante pesado e grande para que o usemos durante o sono, para que o sistema consiga avaliar a sua qualidade.

Infelizmente, são tantos os pontos negativos que nos é impossível recomendar, pelo menos, o modelo Nate, que a Fossil nos ofereceu quando fomos conhecer esta gama Q a Barcelona, no final de Junho.

fossil.com | €199

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].