A cadeia de restaurantes Nood, liderada pelo chef Bruno Gomes, lançou uma nova secção com quatro pratos «inspirada na filosofia japonesa da partilha».
Em português, ‘comida de tacho‘ é aquela refeição que associada a grandes quantidades, a almoços de família e a época mais fria do ano. Em japonês, ‘tashō’ é exactamente o oposto — pelo menos no que às quantidades diz respeito.
Contudo, e pela experiência que tivemos no Nood, durante a apresentação da nova secção do menu com este nome, não estamos a falar exactamente de ‘um pouco’ de comida, já que as quatro opções chegam à mesa em doses generosas.
Mas, aqui, há um catch: a ideia é partilhar estes tashinhos (ou tachinhos), pelo que vamos forçosamente ter de tirar ‘um pouco’ para cada um de nós. A regra é pedir sempre menos um prato que o número de pessoas à mesa, para que todos possam provar de tudo, sem haver um “rombo” no orçamento.
Apesar de ser uma comida de partilha, nem as quantidades, nem o preço (uma média de 14,40 euros) estão ao nível das clássicas tapas ou pratinhos/tachinhos de petiscos que vemos em restaurantes de gastronomia nacional. Quanto ao sabor, há altos e baixos, com o prato-estrela a ser o Thai Tiger.
O chef Bruno Gomes criou, aqui, um prato com três metades de camarão tigre, com um arroz de coentros bastante cremoso e um topping de picado de manga que acaba por fazer a diferença, num prato muito equilibrado. O yuzu e o caril vermelho reforçam o estatuto deste prato no novo menu.
Outro dos destaques do Tashō será o Soba Côco e Chili (foto em baixo): noodles servidos com um pequeno bife de frango bem panado (com panko ficaria ainda melhor). Na base está um molho rico de leite de côco e lima, com folhas de erva-príncipe que lhe dão um sabor exótico.
Menos impactante será o vegetariano Kinoko, com duas grandes metades de cogumelos eryngii, complementado com shiitake, creme de abacate e vegetais; e o Topokki (foto em baixo), apenas para grandes apreciadores de rolinhos de arroz coreanos, cuja textura se assemelha a uma pastilha elástica, que ficámos a mastigar durante demasiado tempo.
Aos pratos Tashō, junta-se ainda um novo ramen, o picante Kurimi (14,90 euros; não fez parte do menu de almoço de apresentação do Nood), com «caldo cremoso de frango, tare de miso e gochujang, porco chashu, ovo de ramen, cebolinho e milho com manteiga de miso».
«O Tashō e o Kurimi Ramen reflectem a essência do Nood, uma cozinha asiática moderna e criativa, que valoriza o sabor autêntico, a partilha e o prazer de cada refeição», conclui Bruno Gomes. As novidades entram já hoje no menu do restaurante do Saldanha e chegam nas próximas semanas aos outros espaços desta cadeia.
