Pixel 9a: experimentámos o smartphone que nos dá a melhor experiência Google da gama média

Fora uma ou outra coisa que poderia ser melhorada, como a velocidade de carregamento, o Pixel 9a pode muito bem ser o smartphone mais interessante da sua gama.

©Google | Pixel 9a
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Com um design elegante, um processador de topo e câmaras com “truques” de IA, o novo smartphone acessível da Google pode ser a melhor compra Android na sua faixa de preços.

Não é preciso gastar uma pequena fortuna para ter um smartphone com ar de topo – o Pixel 9a da Google, que a marca lançou nesta Primavera (e que sucede ao 8a) é um bom exemplo disto.

O Pixel 9a não é daqueles modelos pomposos que só tenta chamar a atenção, sendo, ao contrário disso, muito discreto. A verdade é que muitos dos smartphones actuais apostam, principalmente, num módulo de câmaras traseiro saliente e exuberante para mostrar a sua força, algo que não vamos encontrar no 9a.

Ao contrário disso, temos uma traseira discreta, algo tímida até, com um módulo de apenas duas câmaras, apenas saliente um milímetro (grande angular de 48 MP e ultra-grande angular de 13 MP); o acabamento baço e as laterais arredondadas lembram um certo minimalismo que se encontra hoje nos iPhone ou Galaxy A – boa opção da Google.

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Por dentro, o Pixel 9a tem um trunfo que vai acabar por fazer a diferença em relação à concorrência: tem o mesmo processador Tensor G4 dos seus “irmãos” mais caros da gama Pixel 9. Isto parece ser mais que suficiente para lidar com tudo o que se espera de um Android actual, incluindo, claro, as funcionalidades de IA que se tornaram imagem de marca da Google.

Por exemplo, podemos usar o modo ‘Adiciona-me’ para nos juntarmos a uma fotografia onde não aparecemos, bastando para isso pedir a outra pessoa do grupo para tirar uma foto connosco no plano, mantendo o mesmo enquadramento da “chapa” onde originalmente não estávamos.

Depois, com a ‘Melhor Take’ podemos compor uma única imagem a partir de vários disparos, ideal para evitar caras desfocadas ou olhos fechados. Contudo, fazer tudo isto é mais demorado que no Pixel 9 XL, o que se acaba por compreender, devido à diferença de gama.

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Relativamente à autonomia, conseguimos facilmente que aguente um dia e uma manhã, mas convém não abusar muito destas incursões pela IA, sobretudo no que diz respeito às ferramentas de imagem. Mas, em caso de aperto, podemos sempre activar o modo de poupança de bateria extrema (que já muitos smartphones oferecem) para esticar ainda mais o tempo de vida do Pixel 9a.

Finalmente, o ecrã OLED de 6,3 polegadas com 120 Hz acaba por completar com distinção a experiência global deste modelo acessível da Google, ainda que gostássemos de ver uma moldura mais fina. Fora uma ou outra coisa que poderia ser melhorada, como a velocidade de carregamento, o Pixel 9a pode muito bem ser o smartphone mais interessante da sua gama, na relação qualidade/preço.

Disponível nas cores Íris (azul), Peónia (rosa), Porcelana (creme) e Obsidiana (preto), o Pixel 9a apenas pdoe ser comprado no site da Google por 559 euros (com envio grátis), uma vez que só está disponível a versão de 128 GB de armazenamento; a de 256 GB, actualmente, marcada como ‘Indisponível’.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].