Instinct 3: experimentámos o relógio ‘todo-o-terreno’ da Garmin para usar na montanha ou no ginásio

O Instinct 3 pode não ter a facilidade de operação) de um relógio com ecrã táctil, mas desde uma luz vermelha de SOS a um efeito sonoro de alerta, está lá tudo.

©Garmin | Instinct 3
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O Garmin Instinct 3 é um relógio robusto e fiável, mas não serve para todos. Por quinhentos euros, a compra tem de ser muito bem pensada.

Não há dúvida de que o mercado dos wearables é dominado por modelos de ecrã táctil que tanto podem ser usados no dia-a-dia, como em actividades desportivas. Mesmo para aventuras mais extremas, Samsung e Apple já têm modelos robustos que podem ser usados para escaladas, trilhos de montanha, mergulho e qualquer coisa que envolva pôr à prova um relógio, sem dar hipóteses a falhas.

Mas também não há dúvida de uma coisa: a Garmin é, talvez, a marca de que nos lembramos logo quando a ideia é comprar um modelo que faça ‘check’ a todas estas exigências, em alternativa aos Ultra da Samsung e Apple.

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E se o Instinct 3 ganha logo em bateria e funcionalidades, há uma coisa onde perde: não tem um ecrã táctil, o que obriga a fazer toda a operação através de cinco botões.

Caso tenhamos uma experiência mais baseada no toque (como foi o nosso caso), começar a usar o Instinct 3 é um quebra-cabeças: só ao fim de uma semana de tentativa e erro, exploração a fundo dos menus e acções, é que conseguimos começar a atinar com o relógio.

Se alguma da gestão fosse feita pelo telemóvel, como personalizar os menus para uma determinada actividade (de forma a deixar funcionalidades irrelevantes de fora), talvez isto pudesse facilitar a interacção com este mais-que-canivete-Suíço de pulso.

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Ok, o Instinct 3 pode não ter a pinta (e a facilidade de operação) de um modelo com ecrã táctil, mas desde uma luz vermelha de SOS a um efeito sonoro de alerta, está lá tudo – este é mesmo daqueles relógios que pode ir connosco para o ginásio (tem vários exercícios que pode monitorizar) ou servir de companheiro de mergulho (vai até dez ATM, ou seja, cem metros de profundidade).

E se dissermos que a bateria dura quase vinte dias? É que no meio da floresta não há propriamente uma tomada em cada árvore… tudo isto contribui para a sensação de robustez e fiabilidade deste modelo, mas também é preciso dizer que o Instinct 3 não é para todos.

Por quinhentos euros, a compra tem de ser muito bem pensada, para evitar limitar este “monstro do extreme” a dar as horas e a ver quantos passos damos por dia.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].