É impossível olhar para estes earbuds e não nos lembrarmos de um dos maiores ícones de sempre do pop rock, David Bowie.
Quando uma marca faz “homenagens” como esta, é bom que esteja ao nível do nome onde foi buscar inspiração: neste caso, consideramos que não há nada que envergonhe a memória do cantor britânico.
Os Bowie M2+ TWS (54,99 euros) são uma proposta muito competente, com opções clássicas neste tipo de dispositivo, como o ANC e o controlo por gestos nos auriculares, a que se junta uma aplicação de alto nível, característica que nem sempre faz parte da oferta de outras marcas.
E é aqui que centramos a nossa análise, dado não haver nada de grave a apontar à qualidade de construção e de som: a app tem um design bastante simples, é prática e permite o acesso a várias funcionalidades para personalizar a experiência com os Bowie. Depois, não temos o impingimento de serviços de streaming de música ou outro tipo de lixo que temos visto em apps da concorrência.
Assim que abrimos o estojo dos auriculares, a app detecta-os e apresenta logo um menu com controlos em botões generosos: equalizador, definição do som ambiente (normal, transparência e redução de ruído) e a configuração por gestos. Destacamos a real diferença entre os tais modos de som ambiente, com o ANC (redução de ruído activo) a funcionar mesmo bem em locais barulhentos.
Se selecionarmos este último, podemos ainda definir o tipo de local onde estamos – interior, exterior, transportes públicos – embora não tenhamos sentido grande diferença entre estas opções.
A alternativa é personalizar a profundidade de redução de ruído, de 1 a 10 – no máximo, arriscamos na criação de uma autêntica bolha que nos isola do mundo, o que pode não ser muito recomendável, para que não haja um alheamento total do que nos rodeia.
David Bowie poderia ficar minimamente orgulhoso destes earbuds com o seu nome. A Baseus fez um bom trabalho, especialmente na forma como interliga a app com os auscultadores, dando ao utilizador uma plataforma intuitiva para gerir e personalizar a sua experiência.
As grandes marcas de áudio podiam pôr os olhos neste exemplo. Só gostávamos que fosse possível ligá-los a, pelos menos, dois dispositivos, de cada vez.
