Um dos poucos vinhos brancos nacionais feito a partir de uvas tintas chega à sua 14.ª edição, com um recorde de garrafas que chegam em breve às lojas.
Começou a ser produzido em 2009 e faz agora catorze anos: o vinho Invisível, da Ervideira (Reguengos de Monsaraz, Alentejo) começou com cerca de nove mil garrafas. Agora, em 2023, tem o seu «maior lote de sempre»: serão 135 mil unidades.
O Invisível é um dos poucos vinhos brancos portugueses criado a partir de uma casta de uvas tintas, daí a designação em francês ‘blanc de noirs’ (branco de tintas). Entre os “rivais” da Ervideira estão, por exemplo, o Dialog, o Quintas de Syrlin e o Julia Kember.
No caso deste vinho alentejano, as uvas usadas são da casta Aragonez e a vindima é toda feita de noite, para «haver menos luz e temperaturas mais baixas» – isto faz com que seja «eduzida a oxidação e anuladas as fermentações indesejadas», explica Duarte Leal da Costa, director executivo da Ervideira.
Para que o vinho criado a partir de uvas tintas seja branco, não é usada a película que envolve a uva (que também não deve ter muita coloração) – ao contrário do que acontece nos tintos, aqui apenas é usado o sumo, «clarinho», como diz Duarte Leal da Costa.
Nos catorze anos de Invisível, a Ervideira fez chegar «um milhão de garrafas», com vários lotes esgotados: foi o que aconteceu com o do ano passado, que teve cem mil unidades – o PVP era de 13,50 euros.
Neste momento, o vinho ainda não está disponível na loja online da produtora alentejana, devendo chegar em breve. A única versão que podemos comprar é a Magnum, uma garrafa com 1,5 litros e um preço de 35 euros.
O Invisível acompanha bem «sashimi e bochechas de porco preto»; nas notas de prova destacam-se «aromas de chá Earl Grey, hortelã, casca de lima e salva». Na boca é «fresco, com uma boa acidez e uma estrutura final muito elegante», diz a Ervideira.