Uma equipa de investigadores de três universidades nacionais desenvolveram um novo material que pode substituir o plástico: é feito com «nanocelulose combinada com um mineral fibroso».
A Universidade de Coimbra, o Instituto Politécnico de Tomar e a Universidade da Beira Interior anunciaram a criação de uma nova matéria-prima que poderá ser usada para substituir o plástico.
Os cientistas responsáveis pelo projecto ‘FilCNF: Nova geração de filmes compósitos de nanofibrilas de celulose e partículas minerais como materiais de elevada resistência mecânica e propriedades de barreira a gases’ conseguiram desenvolver um composto feito com nanocelulose e sepiolita, que é usada como areia para gatos.
Anunciada como uma «solução ecológica», este material dá origem a uma «nova classe de filmes compósitos» com «impermeabilidade aos gases, ou seja, resistência ao ambiente», explicam José Gamelas e Luís Alves, coordenador do projecto e investigador principal do estudo, respectivamente.
Para já, os resultados dos testes feitos com este composto são «altamente promissores» e dão a entender que «pode ser uma solução de futuro viável»; sobre as utilizações mais imediatas, os investigadores falam em «embalagens alimentares» e no «restauro de livros antigos» que tenham «problemas de degradação com o envelhecimento».
Já com três anos de desenvolvimento, o projecto ‘FilCNF: Nova geração de filmes compósitos de nanofibrilas de celulose e partículas minerais como materiais de elevada resistência mecânica e propriedades de barreira a gases‘ tem ainda a participação da empresa espanhola TOLSA e recebeu um financiamento de 190 mil euros da FCT e do FEDER.