Teletrabalho foi, seguramente, uma das palavras mais badaladas durante os últimos dois anos. A pandemia da Covid-19 obrigou milhões de trabalhadores em todo o mundo a “migrar” dos escritórios das suas empresas para o regime de teletrabalho – o nome formal de conceitos como home office e remote work.
Tudo isto para mitigar os efeitos da pandemia e continuar a actividade económica, nomeadamente durante os grandes confinamentos da Primavera de 2020 e do Inverno de 2021.
A ideia era evitar o contacto de pessoas e a transmissão do vírus. A ideia resultou e o conceito – não tenhamos dúvidas – veio para ficar.
Teletrabalho, até quando?
No nosso país, se o Governo mantiver as regras programadas, até ao dia 31 de Dezembro de 2021 vigorará o “regime excepcional e transitório de reorganização do trabalho e de minimização de riscos de transmissão da Covid-19 no âmbito das relações laborais, previsto no Decreto-Lei n.º 79-A/2020, de 1 de Outubro”, segundo noticia a TSF.
De acordo com a noticia, o diploma terminava inicialmente em Março, mas o Governo decidiu prolongá-lo até final de 2021, “atendendo à actual evolução da situação pandémica e à realidade epidemiológica vivida em Portugal, numa fase em que se projecta a retoma gradual e faseada da actividade económica”, conforme expresso no Decreto-Lei n.º 25-A/202.
Assim, mesmo no “novo normal”, o teletrabalho continuará a ser uma realidade, não só em Portugal como no resto do mundo. Se os governos e os legisladores têm procurado a melhor solução para enquadrar o teletrabalho no âmbito das relações de trabalho, também é verdade que as empresas e os trabalhadores ainda se estão a adaptar a esta mudança disruptiva.
Consumo de electricidade aumenta
Do ponto de vista destes últimos, é verdade que o teletrabalho tem todo o potencial para melhorar as nossas vidas profissionais e pessoais, conciliando-as de formas que antes não conhecíamos nem equacionávamos sequer.
Contudo, devemos também lembrar que o teletrabalho traz custos que podemos tentar minorar com uma boa gestão dos consumos realizados. Um caso paradigmático é o consumo da electricidade.
Vejamos; se trabalhamos em casa e temos que ter vários aparelhos obrigatoriamente ligados – como computadores – para realizar o nosso trabalho ao longo de várias horas, os consumos inevitavelmente disparam e é natural que isso se vá reflectindo nos valores das facturas.
É óbvio que o gasto dos aparelhos ou equipamentos acabe por ser maior e maior o risco destes se estragarem mais facilmente.
Além disso é importante manter as instalações eléctricas da casa bem conservadas por uma questão de segurança e económica. Uma má instalação pode gerar desperdício de energia em vez desta ser transformada em electricidade útil para iluminar ou ligar um equipamento, aumentando assim o consumo de energia na factura.
Para estas situações, existem empresas como a Fixador que faz pequenas reparações, e que lhe pode enviar um eletricista em Lisboa para o ajudar a resolver estes e outros problemas.
Pequenos gestos, grandes poupanças
Relativamente à electricidade, há pequenos gestos que podem ajudar a diminuir a factura da luz.
Pode e deve simular consumos e encarar a possibilidade de aderir a tarifas diferentes – como a tarifa bi-horária – transferindo alguns dos consumos mais “pesados” – por exemplo, máquinas de lavar roupa e loiça – para horas de vazio (isto é: para os períodos nocturnos e de fim-de-semana).
Deve também retirar da tomada os carregadores de aparelhos quando a bateria dos mesmos estiver cheia – por exemplo, o telemóvel – e preferir os equipamentos eléctricos das classes A, A+ e A++.
Deve também substituir as lâmpadas incandescentes por modelos de classe A. Usar lâmpadas LED é uma excelente forma de poupar energia. Lembre-se: nas lâmpadas, como em quase tudo, o barato sai caro
Mas há mais. Os aparelhos não devem ser deixados em modo de espera. Aliás, segundo afiança a Comissão Europeia, este consumo em standby corresponde a 10% da factura eléctrica mensal. Deve também desligar as luzes nas divisões que não estiver a usar e utilizar as máquinas de lavar loiça e lavar roupa sempre com a carga máxima e em programas económicos.
Quanto ao frigorífico, confirme se está a fechar bem e se as temperaturas estão bem reguladas.
No seu interior, organize os alimentos de modo a que o frio fique distribuído, eliminando o gelo acumulado.
Deve ainda secar a roupa no estendal e passá-la enquanto estiver um pouco húmida, para também poupar ao engomar.
Deve também aproveitar ao máximo a luz solar, que é a mais eficaz de todas as formas de iluminação.
O teletrabalho veio para ficar. Ainda estamos todos a adaptar-nos às novas formas de trabalho, mas devemos estar cientes que, pese embora todas as vantagens, há custos na actividade e esses são bem tangíveis.
Nada que um bom planeamento e gestão não possam ajudar a controlar.