Pixel 10: experimentámos o novo smartphone da Google que mostra o lado prático da inteligência artificial

Este é um smartphone que não precisa de impressionar tecnicamente para ser agradável de usar.

©Google | Pixel 10
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Como tem acontecido nos últimos anos, a Google lançou os seus flaghips no Verão. Com várias melhorias face ao modelo de 2024, afinal o que é que 919 nos deixam comprar?

O conceito dos Pixel sem a marca ‘Pro’ (mas também de outros modelos de várias marcas) é ser uma proposta mais equilibrada entre características e preço. E, ao contrário do que acontece com algumas das suas rivais, a Google não mexeu no valor deste modelo: tal como o Pixel 9, o Pixel 10 custa 919 euros.

A principal novidade em relação ao modelo de 2024 é o carregamento sem fios Qi2 com 15 W: o Pixel deste ano traz ímanes integrados que facilitam o encaixe em bases de carregamento, à semelhança do MagSafe da Apple. É uma pequena mudança que pode fazer a diferença, sobretudo para quem é avesso a cabos.

Outra estreia é a inclusão de uma teleobjectiva de 10,8 MP, o que, até agora, estava reservado às versões Pro. Desta forma, a vertente fotográfica do Pixel é reforçada com mais versatilidade, embora haja uma mudança que não está em linha com os pergaminhos deste tipo de smartphone.

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A Google decidiu usar os sensores grande-angular (48 MP) e ultra grande-angular (13 MP) do Pixel 9a (que também testámos), um gama média que saiu este ano, mas referente à “colecção” de 2024, o que acaba por ser um downgrade de qualidade. Resultado imediato: o Pixel 10 continua dar-nos boas fotos, mas já não pode ser colocado no “clube” dos melhores smartphones no que à fotografia diz respeito.

Relativamente à autonomia, podemos dizer que é razoável: vamos chegar ao fim do dia sem sobressaltos desde que o uso não seja intensivo (a bateria tem 4970 mAh e tem carregamento rápido de 30 W). O mesmo podemos dizer do ecrã OLED de 6,3 polegadas (1080 x 2424), com 120 Hz e brilho apenas ‘suficiente’ para uma utilização exterior, com 3000 nits de pico.

Onde o Pixel 10 realmente convence é na integração de IA. O novo assistente Magic Cue percebe o contexto e sugere acções úteis, como criar um evento, abrir o mapa certo ou recuperar uma informação guardada. A relação da Google com este tipo de ferramentas está a melhorar de ano para ano, nem podia ser de outra forma, uma vez que a marca é dona de uma das melhores IA actuais, o Gemini.

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Resumindo, o Pixel 10 (já com Android 16 e com sete actualizações prometidas) é um smartphone que não precisa de impressionar tecnicamente para ser agradável de usar. É simples, fluido e fiável, com pequenas inovações em relação ao 9 que fazem diferença. A câmara podia ser melhor e a bateria mais robusta, mas o equilíbrio entre preço, design e experiência coloca-o como uma das opções Android mais apetecíveis da actualidade.

Disponível nas cores Índigo (azul), Gelo Lilás, Capim-Limão (amarelo) e Obsidiana (preto), o Pixel 10 pode ser comprado com armazenamento de 128 GB na loja online da Google por 919 euros (os envios são grátis); se optarmos pela versão de 256 GB, o preço sobre para 1019 euros.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].