Consequências e previsões para a Europa com o fim do contrato de gás russo

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O acordo de trânsito entre Ucrânia e Europa para a chegada do gás russo chegou ao fim no início de 2025. Apesar da notícia, houve pouco alarde à época, principalmente quando se tinha em mente as alternativas encontradas pelo bloco Europeu – que, dentre todos os envolvidos, é o que menos sai no prejuízo.

Mesmo sem haver grandes movimentos no preço do gás natural, a Gazprom poderá perder até cinco mil milhões de dólares em vendas de gás sem a venda de gás. No entanto, a perda de receita não é algo que cause surpresa.

A verdade é que, desde 2022, com a invasão da Ucrânia por parte das forças russas, era esperado que a exportação chegasse ao fim — inclusive, antes mesmo das negociações que fizeram durar a exportação até 2025.

Já a Ucrânia se encontra mais debilitada do que antes. Isso porque as taxas de trânsito da Rússia deixam de ser pagas. Desta forma, perde-se 800 milhões de dólares por ano apenas pela concessão do trânsito do gás russo no território ucraniano.

No caso da Europa, o bloco sai deste cenário estável. Em 2024, a Europa conseguiu reservas de gás natural a 90% da capacidade antes mesmo do prazo-limite, que estava datado para novembro. No caso de Portugal, as reservas de gás batem 97,5% da capacidade antes mesmo do prazo final. Entenda mais sobre o assunto e os seus impactos a seguir!

Preço do gás aumenta e pressiona a inflação no setor de serviços

As tensões entre a Rússia e a União Europeia têm vindo a afetar o nosso quotidiano. Um dos melhores exemplos é o setor de serviços – tem-se verificado um aumento na taxa de inflação devido aos movimentos nos preços do gás natural. A tendência de alta deve continuar, ainda mais com a guerra tarifária entre Europa e Estados Unidos prestes a ebulir.

No fim de 2024, o presidente Donald Trump subiu o tom contra os países-membros do bloco europeu. Segundo o porta-voz do povo norte-americano, a Europa gasta mais com o petróleo e gás importados da Rússia do que na própria defesa da Ucrânia. Esse foi apenas o estopim de uma série de retaliações entre os dois países.

Todo esse contexto geopolítico deve agravar a inflação na Europa. Mesmo controlada, a guerra em duas frentes pode prejudicar e impactar diferentes setores, em especial os mais vulneráveis, como é o caso do setor de serviços.

Donald Trump promete resposta à retaliação da Europa

O presidente norte-americano Donald Trump prometeu retaliar a Europa por causa do pacote de impostos de importação sobre 26 mil milhões de euros em produtos importados dos Estados Unidos. Ainda não se sabe como o novo presidente deve responder, mas a intenção existe.

A guerra comercial dos Estados Unidos não se restringe apenas à Europa. Além do bloco europeu, o presidente norte-americano tem efetivado tarifas aduaneiras contra diferentes países, como Canadá, México e China. As retaliações têm sido anunciadas nos últimos dias e podem gerar novos anúncios por parte do presidente americano.

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