O Ajitama apanhou o comboio e parou na Ramen Station: «Queremos um restaurante em cada bairro»

Com um menu (muito) mais simples que o Ajitam, aqui temos apenas três ramens: Amazing Shio, Incredible Miso e Sublime Vegan.

©Ramen Station | Antonio e Joao
©Ramen Station

Quase cinco anos depois de terem aberto o seu primeiro restaurante, os criadores do Ajitama chegaram a uma nova “estação”: o Ramen Station já abriu em Benfica e no Campo Pequeno.

No final de Fevereiro, demos conta no TRENDY Report de um novo conceito de restauração criado por António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, o Ramen Station, na altura com uma dark kitchen no Ajitama e a fazer entregas em casa pela Uber Eats.

O pós-Verão foi a altura escolhida pelos dois fundadores do Ajitama para abrir ao público o Ramen Station, com restaurantes em Benfica (na zona do Palácio Baldaya) e no Campo Pequeno (onde estava o antigo café Arena, que abre mais perto do final do ano). O resultado são espaços que recriam uma estação de comboios do País do Sol Nascente.

«No Japão, as estações são cidades, com dezenas de serviços, desde papelarias a lojas de electrónica. Os melhores restaurantes de ramen a que fomos eram em estações e foi isso que quisemos homenagear aqui», dizem António Carvalhão e João Azevedo Ferreira, que receberam o TRENDY Report para um almoço de apresentação no Ramen Station de Benfica, a que e juntou uma tour pelo espaço.

©TRENDY Report | Ramen Station
©TRENDY Report

Aqui, fica, igualmente o chamado ‘Ramen Lab’ de todos os Ajitama e Ramen Station, um espaço para desenvolver e testar novas receitas; é também em Benfica que fica a unidade de produção destes restaurantes, onde são feitas todas as massas, com duas máquinas que vieram directamente do Japão.

O design de interiores ficou a cargo do gabinete de arquitectura JCFS, que também já tinha criado o ambiente dos dois Ajitama – aqui, é, como dissemos, recriada uma estação, com azulejos brancos, a estrutura em metal onde estão pegas coloridas, avisos de bom comportamento e até os sinais de identificação das estações, assim como um trajecto de uma linha.

Para nos sentarmos a comer um ramen, há duas mesas comunitárias com um total de 24 lugares. O pedido de uma refeição é feito logo à entrada e envolve levar uma placa com um número para mesa, que serve para identificar esse mesmo pedido. Se apenas quisermos uma bebida e um ramen, António Carvalhão garante que somos servidos em «menos de dez minutos».

©Ramen Station
©Ramen Station

Uma vez que o Ramen Station foi criado para ser «mais simples» que o Ajitama, as opções do menu estão limitadas a três entradas, três pratos principais e uma sobremesa. Para começar temos as gyozas que já são servidas no Ajitama, de carne ou vegetarianas, a que se junta o feijão Edamame.

Nos ramens, há três receitas exclusivas deste restaurante – ou seja, não são “importadas” do Ajitama: Amazing Shio, Incredible Miso e Sublime Vegan, todos com a possibilidade de acrescentar extras, como carne de porco (chashu) e ovo. As sobremesas são apenas moji, os bolinhos gelados feitos com massa de arroz, aqui com recheios de framboesa, chocolate/avelã e manga.

Este é um restaurante que tem o objectivo de «democratizar o ramen» e fazer com que entre nas «escolhas de uma refeição recorrente da semana» e não apenas para uma «ocasião especial». Aliada à simplicidade do serviço e do menu, esta característica faz com que este seja o conceito «ideal para expandir» o Ramen Station – o objectivo é ambicioso: ter uma destas estações em «cada bairro de Lisboa», concluem António Carvalhão e João Azevedo Ferreira.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].