Continente começa a usar um assistente virtual com base no ChatGPT para ajudar a comprar livros escolares

No curto teste que fizemos com o StudyAI, a experiência não foi boa: fizemos duas perguntas relativamente simples, mas o sistema não as percebeu.

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A plataforma de inteligência artificial ChatGPT foi usada pelo Continente para «responder de forma ágil e rápida às perguntas» dos clientes.

O Continente implementou um chatbot com base na tecnologia desenvolvida pela OpenAI para ajudar «pais e educadores» durante o processo de compra durante a campanha Livros Escolares 23/24. O projecto contou com a parceria de uma empresa nacional, a Automaise (Braga).

Em concreto, o Continente criou um assistente virtual, a que chamou StudyAI, que funciona com base num conceito de chat – perguntamos qualquer coisa sobre livros escolares e o chatbot responde. Contudo, a ajuda pode não ser a melhor, conforme avisa o próprio sistema.

Assim que se abre a janela para começar a conversar com esta IA (é preciso clicar no ícone com o robot, que está no canto inferior direito da página da campanha), esta avisa: «As minhas respostas podem não estar completamente certas ou completas e não substituem o atendimento em Serviço a Cliente»; além de pedir aos clientes para não partilharem «dados pessoais ao longo da conversa».

No curto teste que fizemos com o StudyAI, a experiência não foi boa: fizemos duas perguntas relativamente simples de responder por um chatbot programado especificamente para a campanha de livros escolares do Continente, invariavelmente com as mesmas respostas – «Creio não ter percebido a sua mensagem».

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©Continente / DR. | Fizemos duas perguntas bastante simples sobre livros escolares: o StudyAI não as percebeu.

Como a página não mostra um guia de utilização do chatbot, por exemplo com prompts ou perguntas que podemos fazer, a utilidade deste recurso será muito limitada.

Numa última tentativa, perguntámos sobre opções de livros de português para o 9.º ano, cuja resposta foi a sugestão de clicar num link (o da própria página) para ver as possibilidades, algo que qualquer pessoas conseguiria fazer sem fazer a pergunta a uma inteligência artificial.

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©Continente / Carrefour / DR. | À esquerda, uma resposta que nada ajuda o cliente, depois de uma pergunta objectiva ao chatbot do Continente; à direita, a solução do Carrefour, em França.

Apesar de o Continente dizer que é o «primeiro retalhista nacional e uma das primeiras empresas no mundo a utilizar as potencialidades da tecnologia GPT no serviço ao cliente», o Minipreço já tinha desenvolvido, em Março, um sistema de sugestões de receitas com esta tecnologia, por WhatsApp.

Lá fora, o Carrefour começou, este Verão (a partir de 8 de Junho), a usar um conceito semelhante no site, mas alargado a todas as áreas de compras.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].