Aquela que já foi uma das cidades mais importantes da Síria a nível cultural, arquitectónico e social, está reduzia a escombros por causa de uma guerra que insiste em entrar à força em 2017.
Quando so talibãs destruíram a cidade histórica de Palmyra, a comunidade internacional não teve problemas em insurgir-se contra o grupo de terroristas que tinham acabado de “ceifar” um dos locais arqueológicos mais ricos da Síria.
Em Aleppo, a maior cidade síria, a destruição junta-se à chacina dos habitantes pelas forças do presidente Bashar al-Assad, que está a retomar o local aos rebeldes.
Todos os dias, habitantes de Aleppo partilham vídeos e fotografias na redes sociais a pedir ajuda e a denunciar um aparente genocídio, mas o drama desta cidade não está a conseguir passar para a agenda dos media, das organizações e dos governos internacionais.
Enquanto isso, uma das pérolas do Médio Oriente está a ser reduzida a escombros, fruto das investidas do exército Sírio e da força aérea russa, que está a ajudar os apoiantes de al-Assad.
O que fica desta guerra civil que já dura há seis anos é uma ferida aberta na Síria, que vai ser muito difícil de cicatrizar. Comparar as imagens do que era Aleppo há dez anos com o que é hoje, dá-nos um murro no estômago.
Juntamente com a destruição da cidade, diariamente dezenas de habitantes são mortos e deslocados das zonas onde vivem. Bashar al-Assad, indiferente, já definiu a meta: a cidade tem, de ser tomada à força, no que será a maior vitória do seu mandato. Contra tudo e contra todos.