Desde que as principais empresas de IA começaram a lançar plataformas generativas, o cinema tem sido um dos alvos desta tecnologia.
Como é óbvio, a indústria do cinema começou a sentir em força o impacto da inteligência artificial como ferramenta na produção de filmes, o que já motivou greves de guionistas, críticas de realizadores e cancelamento de projectos.
Na edição de 2025 dos Óscares, houve um filme em particular que acabou por ganhar três estatuetas douradas (‘Melhor Actor’, ‘Melhor Banda Sonora’ e ‘Melhor Fotografia’) e que tirou partido de ferramentas de IA para melhorar o sotaque (neste caso, húngaro) do actor principal: ‘O Brutalista’, com Adrien Brody.
E, tendo em conta a mais recente decisão da Academia das Artes Cinematográficas dos EUA, pode haver mais filmes produzidos com a ajuda de IA a ganhar Óscares, uma vez que há uma nova regra que impede que esta tecnologia seja um entrave à avaliação dos nomeados de cada categoria.
«No que diz respeito à inteligência artificial generativa e a outras ferramentas digitais utilizadas na realização do filme, não podem ajudar ou prejudicar as hipóteses de obter uma nomeação», diz esta entidade em comunicado.
Sempre que um filme usar IA, a avaliação do júri, será, contudo, mais criteriosa: «A Academia avaliará a produção do filme, tendo em conta o grau em que um ser humano esteve no centro da autoria criativa», ou seja, até que ponto houve uma forte componente “pessoal” na criação das instruções que levaram uma ferramenta de IA a produzir um resultado.
Esta regra tem efeitos já a partir da edição dos Óscares de 2026.
