Com uma presença muito marcada na história e no dia a dia dos portugueses, o hábito de leitura representa benefícios evidentes: desde desenvolver o espírito crítico até ampliar o vocabulário. Apesar dos livros físicos continuarem a ter uma forte expressão, com o surgimento de ferramentas de leitura totalmente online a população portuguesa já não tem desculpas e pode ler milhões de títulos a partir de um único dispositivo.
No decorrer de 2019, o consumo de livros em Portugal destacou-se pelos números que alcançou e chegou mesmo a crescer cerca de 13% no mês de agosto, 15% em setembro e 13% em novembro, por comparação ao ano anterior. Estes dados são de uma pesquisa desenvolvida pela Picodi, um website de cupões e promoções, que constatou através de um questionário feito aos seus utilizadores que as mulheres portuguesas representam o maior número de leitores no país expressando-se em 71%. Já quando são abordadas as motivações da aquisição de livros, 48% dos inquiridos afirmou ser por gosto pessoal, 28% compra por necessidade, enquanto que 15% os adquire para presentear alguém.
Por sua vez, 2020 também se apresenta promissor para este mercado e, de acordo com a empresa de estudos de mercado Gfk, foram registados até ao início do mês de outubro cerca de 78,9 milhões de euros em vendas de obras literárias. Deste modo, pela forte presença dos hábitos de leitura no quotidiano dos portugueses, são desenvolvidas várias iniciativas que reconhecem esta importância. Entre elas estão as novas editoras independentes, como é o caso da Bazarov que, fundada em 2020 e situada no Porto, distingue-se por ser uma proposta extremamente pessoal.
Títulos no online para leitores com todo o tipo de interesses
Apesar de muitos portugueses continuarem a preferir adquirir as suas obras numa livraria, o mercado dos livros online, também conhecidos como e-books, apresenta sinais de crescimento e 13% dos leitores já opta por fazer a transferência do seu livro favorito através de espaços de venda online.
Assim, são criados dispositivos que permitem ler praticamente todos os livros digitalmente. Entre eles destaca-se o Kindle, uma espécie de tablet totalmente desenvolvido para a leitura que, criado pela Amazon em 2012, se tornou famoso pelos quatro cantos do mundo ao possuir mais de três milhões de obras. Atualmente já tem várias versões como o Kindle Paperwhite e o Kindle Voyage, possuindo um ecrã e-ink com o objetivo de simular as páginas dos livros e, assim, não incomodar os olhos do leitor.
Em dispositivos como o Kindle pode ler títulos de todos os géneros e para qualquer tipo de interesse. Entre os mais descarregados está o clássico “Harry Potter e a Pedra Filosofal” que, escrito pela J.K. Rowling e publicado originalmente em 1997, conta a história da cicatriz mais famosa do mundo. Por outro lado, existem títulos para um público mais específico, como acontece com “Neuromarketing: Como a neurociência aliada ao design pode aumentar o engajamento e a influência sobre os consumidores”.
Esta obra de Darren Bridger, publicada em 2018, está no top de vendas para Kindle na Amazon e destina-se a profissionais de marketing que desejam saber mais sobre a união entre comunicação e design. Destinado a outro tipo de públicos existem opções como “Segredos dos Casinos”, um livro escrito por Greg Babayans em 2009 que ensina os jogadores a apostar e a ter noções de probabilidades.
Além do mais, este livro foca-se em jogos como o blackjack que, atualmente disponível em algumas plataformas online, chama a atenção dos jogadores pelas opções de jogadas (pedir, parar, dobrar e abrir) e por ter variedades como Spanish 21, Blackjack Switch e Pontoon. Por fim, os amantes de poesia podem também descarregar as suas obras prediletas e têm ao seu dispor títulos como “Um poema para cada dia em que não te vi”, publicado em 2018 e escrito por Igor Marcondes. Entre os temas principais deste livro está o amor nas suas mais distintas facetas.
De facto, o mundo da leitura é tão abrangente que consegue transportar o leitor para diferentes realidades. Por isso, conquista cada vez mais os portugueses que, com as novas formas de leitura, intensificam ainda mais este consumo.
