Enquanto a Iluma não chega a Portugal, a Tabaqueira tem uma máquina que pode parece simples, mas com vários pontos a favor para se tornar uma campeã de vendas.
Para já, a Iluma é uma miragem e, provavelmente, não vai ficar disponível em Portugal até final de 2023. Por isso, a Tabaqueira, que representa a Philip Morris e a marca IQOS, decidiu “comprar” dos direitos de uma máquina sul-coreana para comercializar no País.
Agora, o portfólio da marca passa a ter três opções: a 2.4 Plus (19 euros), a 3 Duo (39 euros) e a Lil Solid 2.0, que entra no mercado com um preço baixo, tendo em conta que se trata de um produto novo: 19 euros. É uma espécie de acesso low-cost ao mundo do tabaco aquecido.
Contudo, por 19 euros, esta pode ser a melhor opção disponível, se olharmos para a relação qualidade/preço, já que é uma máquina que parece fazer jus ao nome: sólida.
Lil Solid pode ser usada com Heets
Aqui, não temos uma caneta (holder) inserida num dispositivo carregador – a Lil Solid 2.0 é um dispositivo único, com o consumo de tabaco a ser feito directamente por uma abertura que está no topo.
O modo de funcionamento é semelhante à antiga máquina IQOS Multi, que foi descontinuada pela marca: basta abrir (ou deslizar) uma escotilha e inserir um stick de tabaco, que pode ser o Fiitz (que chegou ao mercado com esta nova máquina) ou os Heets, que são compatíveis – a diferença é de cinquenta cêntimos, a favor da primeira opção.
Um espigão em vez de uma lâmina
Apesar de termos na mão um dispositivo muito maior que uma “caneta” IQOS dos modelos 2.4 ou 3 Duo, a Lil Solid 2.0 não é exageradamente pesada ou desconfortável. Contudo, se a quiser apoiar sobre uma mesa entre aspirações (é assim que, tecnicamente, a marca se refere aos ‘bafos’), e a puser na vertical, há uma oscilação provocada pelo facto de a base (onde está a entrada USB-C para carregamento) ser um pouco arredondada. Nesta zona, a máquina deveria ser plana.
Em vez da lâmina das IQOS 2.4 Plus e 3 Duo, a Lil tem um espigão, como se fosse um prego invertido. Isto permite que o tabaco seja aquecido em 360 graus, ao contrário das outras duas máquinas, em que apenas acontecia nas duas faces das lâminas. É uma solução mais inteligente e sólida, que deverá ser menos propensa a avarias ou quebras.
Uma questão de força
O modo de funcionamento também é ligeiramente diferente: enquanto as máquinas IQOS mantêm uma temperatura constante, a Lil ajusta-a em função da força com que damos uma aspiração. Quanto mais forte, mais intenso, o que vai permitir aos utilizadores dosear o consumo. E por falar em consumo, o tempo é sensivelmente o mesmo que nas outras IQOS: cerca de quatro minutos.
Um ponto onde a Lil supera claramente as duas IOQS é na autonomia: uma carga completa corresponde ao consumo de cerca de trinta sticks de tabaco, com a possibilidade de serem consumidos até três de seguida. Depois, a máquina precisa de um pouco para recuperar até fazermos um novo consumo.
A caixa desta máquina vem com uma escova, um kit de cotonetes de limpeza, um cabo USB-C e um carregador, num packaging típico IQOS que faz lembrar o de um smartphone. Fica a sensação de que a marca quer parecer mais uma insígnia de tecnologia, que de tabaco.
O que vale, afinal, a Lil Solid 2.0?
Esta nova máquina Lil Solid 2.0, com todas as características somadas, em especial no que à qualidade/preço diz respeito, tem vários argumentos para se tornar uma campeã de vendas, como aconteceu com as 2.4 Plus e 3 Duo.
A isto junta-se o facto de a (suposta) grande rival, a BAT Glo Hyper+, não ser mais que uma alínea neste mercado devido à falta de comunicação e endorsement da marca, em Portugal. E, claro, por ser um produto claramente inferior em desempenho, design e qualidade do tabaco.