Previsão da Cotec e da Universidade Nova diz que o pico de infectados com COVID-19 será esta semana

COVID-19 Insights ©FRUSLAN BOGDANOV
COVID-19 Insights ©FRUSLAN BOGDANOV

Esta é a conclusão de uma nova plataforma de análise do contágio por SARS-CoV-19 criada pela Cotec Portugal em parceria com a Universidade Nova de Lisboa. E fica um aviso.

A «prevalência da infecção por Coronavírus em Portugal pode atingir o pico esta semana» – este é o principal dado da nova plataforma COVID-19 Insights, criado pela Cotec e pela Nova IMS. Este site é uma ferramenta de «apoio à decisão da comunidade empresarial, comunidade académica e público em geral».

De acordo com as duas entidades, tem em conta «múltiplas variáveis representativas de diferentes aspectos económicos, sociais e epidemiológicos, as quais são analisadas a partir de métodos analíticos avançados». É assim que são produzidos os resultados como este que indica que o pico do contágio em Portugal atingiu o pico esta semana.

Açores e Madeira já passaram o pico de infecção COVID-19

Se os dados do COVID-19 Insights estiverem correctos, «a prevalência da infecção em Portugal – ou seja, o número total de pessoas infectadas simultaneamente – atingirá o pico esta semana [4-10 Maio], com um máximo de 27 837 infectados».

Mas a altura do pico não será a mesma em todo o País: em Lisboa e Vale do Tejo e Alentejo, o «pico da prevalência da infecção está previsto para 15 de Maio» e nas Ilhas já terá passado, estando agora esse número em declínio.

O perigo da falsa sensação de segurança no desconfinamento

O que estes dados não têm é conta é uma variável que a DGS já confessou estar na base do aumento dos casos em Portugal: «As projecções pressupõem a ausência de alterações muito significativas no comportamento de risco dos portugueses», salvaguardam os responsáveis pelo COVID-19 Insights.

Covid-19 Insights ©DR

Isto significa que se os sinais de desconfinamento levarem a que mais pessoas se juntem num determinado local ou que se levante a guarda no que respeita a cuidados de higiene por uma maior percepção de segurança, haverá uma «dilatação do pico da prevalência da infecção».

Ainda assim, os responsáveis salvaguardam que se isto acontecer, e como a plataforma tem «actualização diária», o modelo que está na base da criação das previsões «terá a capacidade de se adaptar» e prever outro pico da prevalência da infecção para mais tarde.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].