Padaria Portuguesa: depois do Pão de Deus, a Sandes de Caranguejo

A chegada de uma nova chef à Padaria Portuguesa percepitou a criação de novos menus de almoço. O destaque? Uma sanduíche de caranguejo de casca mole, que se come inteiro.

Os responsáveis pela Padaria Portuguesa convidaram um grupo de jornalistas para experimentar os novos pitéus que podem já começar a ser pedidos em todas as lojas. Entre saladas e sandes, onde existem opções vegan, há uma iguaria que se destaca.

Influenciada por um prato asiático, chega a Sandes de Caranguejo de Casca Mole. Chega, entenda-se, à Padaria Portuguesa, uma vez que os restauramtes Prego da Peixaria também têm uma opção destas do menu.

A Bao também o tem, mas no pãozinho com o mesmo nome e a Marisqueira Azul, no Mercado da Ribeira, serve-os igualmente, fritos.

Contudo, as proposta do Prego e do Bao passam por panar (tempura) o caranguejo; a da Padaria apresenta-o assado no forno, numa bola de brioche, cebola caramelizada, maionese de pimentos padrón, picante schirach e uma folha de hortelã.

E como é trincar um caranguejo de casca mole? Agridoce. A Padaria arriscou e o concceito deve funcionar mais como um chamariz nos primeiros tempos. A textura é estranha, pois chega a uma certa altura que mastigar toda quitina (será) começa a ser estranho.

Experimentámos comer um destes caranguejos ‘a solo’ e não correu bem – começa a enrolar na boca alguma casca que simplesmente não conseguimos digerir.

Já na sandes, correu melhor: juntamente com os ingredientes e o pão, o caranguejo “desaparece” mais facilmente. Destacamos ainda o sabor a mar que esta proposta da Padaria Portugesa dos deixa ficar em cada trinca.

«Se numa primeira impressão esta sandes pode causar alguma desconfiança, a verdade é que todos ficarão rendidos à primeira dentada», disse Nuno Carvalho, o director-geral d’A Padaria Portuguesa, que acompanhou o almoço com os jornalistas. Será?

De resto, há muitas saladas que misturam ingredientes saudáveis, como o abacate, a batata doce, a quinoa e o humus. As verduras estão presentes em todas as opções; a proteína animal passa pelas lulas, pelo atum, pelo salmão pelo camarão e pelo rosbife.

Estes ingredientes podem ainda ser encontrados nas novas sandes, com diversos tipos de pão, desde a baguete à chapata. Os preços andam entre os 4,95 e os 6,95 euros, com possibilidade de ajustes. À frente de todo este menu esteve Ana Viçoso, a nova chef da Padaria Portuguesa.

Por exemplo, juntar um copo de vinho ao menus, em vez da água ou sumo, custa mais 50 cêntimos. É ainda possível trocar ingredientes e juntar café e sobremesas. Chips de batats doce e sopas também entra nesta equação.

No final do almoço, falámos com Nuno Carvalho sobre a estratégia para 2017 de Padaria Portuguesa. A primeira pergunta foi sobre a expansão para fora das “muralhas” de Lisboa da marca.

O director-geral confirmou que um dos objectivos é «chegar ao Porto», mas isso não vai acontecer em 2017: «Só nó próximo ano é que podemos considerar isso». A razão? Simples, a Padaria Portuguesa quer «esgotar Lisboa».

Com um ritmo de abertura de uma a duas lojas por mês, Nuno Carvalho quer ver mais lojas na capital até ao final do ano. Por isso, não é de estranhar que, até 31 de Dezembro, abram mais duas mais cheias de Padarias na Grande Lisboa.

Actualmente a cadeia, que não tem a opção de franchise (a gestão é toda central), tem 55 lojas. Este império, que começou a ser construído em 2010, tem ainda a curiosidade de apenas ter fechado um espaço: foi no Cacém (linha de Sintra).

De resto, vamos ter de nos acostumar mesmo a esta realidade que nos faz comprar as Padarias Portuguesas a cogumelos.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].