Review: iPhone SE

Mas que raio se terá passado na cabeça de quem manda na Apple para que tenha sido lançado este iPhone SE?

O iPhone SE (que a Vodafone emprestou ao TRENDY) é, basicamente, uma cópia dos modelos iPhone 5 e 5S, lançados em 2013 e 1014, respectivamente. O design é exactamente o mesmo, fora ou ou outro detalhes que muda, como um novo flash duplo, como existe no iPhone 6, e… pouco mais. Muito pouco mesmo.

Talvez a única mudança capaz de nos prender a este smartphone seja mesmo a disponibilização de cores como o rosa e o dourado, que podem atrair o público feminino que não gostar de smartphones grandes (o ecrã tem 4 polegadas). A máquina fotográfica tem uma boa resolução e tira óptimas fotografias, assim como filma bons vídeos.

No campo da imagem, os resultados são melhores que os do iPhone 5 e estão ao nível dos do iPhone 6S. No entanto, em locais com pouca luz, os problemas começam a fazer-se sentir e a câmara tem um desempenho muito pobre.

Se dos modelos 5, o SE (acrónimo de Special Edition – Edição Especial) herda o design, os elementos que estão no interior serão um meio termo entre o que o 6S nos ofereceu e o que o iPhone 7 nos vai dar, lá mais para o Outono deste ano.

O desempenho do iPhone SE, em termos de rapidez, é muito satisfatório, mas nada de extraordinário. No entanto, é um dos smartphones mais versáteis que já passaram pelo TRENDY nos últimos tempos.

Mas a pergunta a fazer é esta: deve ser apenas isto a justificar a compra de um novo smartphone nesta altura do campeonato? É claro que não. O iPhone SE tem cerca de 98% das características do iPhone 6S, mas apresenta-as com um embrulho muito datado, que deverá apenas convencer alguns utilizadores mais saudosistas.

O design dos modelos 5 deixou saudades e o iPhone SE poderá ser uma forma de reconciliar os clientes com a marca, depois (do quanto a mim) muito falhado look de todos os iPhone 6.

Ou seja, apenas uma epifania nostálgica pode levar alguém a comprar este iPhone, pois, apesar de ser um excelente smartphone, não tem argumentos seguros para disputar a atenção de um consumidor que tenha mais razão que emoção.

Em ano de iPhone 7, é difícil justificar a opção por este Special Edition: o preço, apesar de convidativo, continua a ser muito alto; o design tem três anos e as características técnicas (todas repescadas do 6S) não apresentam qualquer novidade nesta altura do ano.


Texto editado para o TRENDY com base na versão partilhada na PCGuia, do mesmo autor.

Começou no jornalismo de tecnologias em 2005 e tem interesse especial por gadgets com ecrã táctil e praias selvagens do Alentejo. É editor do site Trendy e faz regularmente viagens pelo País em busca dos melhores spots para fazer surf. Pode falar com ele pelo e-mail [email protected].